Há certas palavras, caro leitor, que devem ser explicadas por quem escreve ou fala. Quantos erros já foram cometidos! Neste ano da graça e uso graça no sentido teológico, foi divulgado uma peste ou doença, denominada varíola do macaco. Já se conhecia a varíola, mas a de macacos que contaminava o ser humano era nova. Como o povo não tem conhecimentos profundos de Medicina ou de outra ciência afim, começou a matar todos os macacos, até mesmo aqueles mais bonitinhos, como os saguis. Depois que alguns divulgadores da doença viram o mal que fizeram, tentaram corrigir, todavia já era tarde, centenas de macacos foram mortos e alguns afirmam que foram milhares em todo Brasil ou mundo, não sei bem.
O que é parábola? Jesus contou várias e algumas ele explicou para os seus alunos, outras não. Ele deu a seguinte razão para não explicar algumas delas: “ A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais fala-se por parábolas, para que vendo, não vejam; e, se ouvindo, não aprendam. ” (Lc. 8:10) Parábola, como se pode ver, é uma comparação ou uma ilustração de alguma verdade. Na interpretação, os hermeneutas afirmam que não se pode esquecer da lição principal, sem entrar em maiores detalhes. O estudioso da Bíblia deve se ater apenas no assunto principal. Não é mister supor que a parábola narra uma história que de fato aconteceu.
Depois do preâmbulo explicativo, vamos ao assunto: Havia numa cidade um juiz iníquo, isto é, injusto, mau e perverso. Era um homem de altura mediana, calvo e petulante. Fora nomeado e não concursado pelo imperador para trabalhar numa cidade vizinha de Jerusalém. Tinha sido escolhido, uma vez que era tido por sábio e conhecia as leis jurídicas romanas profundamente. Era orgulhoso, vaidoso e considerava-se superior a todos e a tudo. Não fazia questão de saber os nomes das pessoas. Todos eram para ele ralés e gentalha, até mesmo aqueles que eram subordinados e auxiliavam nos despachos jurídicos. Entrava no seu gabinete com o nariz empinado e não cumprimentava os seus auxiliares que viviam debaixo de suas ordens, facilitando os despachos jurídicos. Falava alto, mandando, exigindo e para ele não havia as expressões: dá licença, por favor, bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, Deus te abençoe e por aí vai… Jesus resumiu tudo o que eu disse numa cláusula: “Ele não respeitava homem algum”.
Na mesma cidade havia uma viúva. Jesus não entra detalhes, mas pela leitura da parábola, dando asas à imaginação, era idosa, pobre e vivia só e solitária. Tinha, na cidade, um adversário que se opunha a ela, prejudicando-a na vida particular, social e trabalhista. Não era letrada, porém era destemida e cumpridora de seus deveres públicos. Ela foi à casa do juiz, propriedade do estado e pediu, suplicando, que ele julgasse a sua causa contra o seu adversário. Não foi apenas um dia, mas vários, em horários diferentes. O juiz, agastado com a presença da viúva, um dia disse para si mesmo: “Embora eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum, todavia como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. ”
Jesus, que é Deus, conhecedor de todos os mistérios celestiais, conclui a parábola, nestes termos: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em atendê-los. ”Deus ouve as orações. Espere.
Prefeitura faz alerta sobre golpe em grupo do CadÚnico
A Prefeitura de Itapetininga, por meio da Secretaria de Promoção Social, alerta toda a população de Itapetininga sobre a possível ação de golpistas com o uso de um grupo falso de whatsapp...