Arte
Maria Nívea Guarnieri Machado diante de uma tela de sua autoria na casa de Angelina (Pereira-Cardoso) Roberto Soares Hungria, na região dos Bancários, recentemente.
O Chile que supreende I
O agente Aldo Bassoli coordenou a aterrissagem de dezessete felizes itapetininganos no período de dezessete a vinte um deste último março ao andino Chile. Levados pela aérea TAM, o grupo de itapetininganos chegou a Santiago, a capital, após três horas e meia de voo. E já nas primeiras pisadas em solo chileno o grupo daqui de Itapetininga notou a vibração de Santiago com seus seis e meio milhões de habitantes, grandes avenidas, muitos (e bastante limpos) parques, altos edifícios, trânsito ordenado (os veículos todos importados, pois lá não há produção nacional), muita gente nas ruas e nos quarteirões bancários, homens de terno e gravata bastante elegantes (a palavra é esta). Shoppings, restaurantes, casas de chá, teatros, enfim, tudo o que uma cidade moderna tem. O grupo conduzido por Aldo Bassoli viu a troca de guardas do histórico palácio presidencial de La Moneda (onde em 1973, o presidente eleito Salvador Allende em onze de setembro se suicidou (há controvérsias) ou foi assassinado pelas tropas do general Pinochet num golpe civil-militar que durou anos e anos quando em torno de trinta mil chilenos foram assassinados e torturados . Hoje (felizmente!) o Chile vive num estado pleno de democracia e a oposição faz o que devia: oposição. Mas sem ser histérica, como acontece em alguns países sul-americanos.
O Chile que surpreende II
O grupo de itapetininganos levados pelo agente Aldo Bassoli para um tour pelo Chile entre dezessete a vinte um deste último março não ficou só na capital Santiago. Arredores também foram visitados, como a vinícola Concha y Toro (desde 1883) onde é produzido o conhecido vinho Casillero de Diablo, muito consumido aqui em Itapetininga. Também visitado o Valle Nevado, quatro mil metros de altura, no topo e que foi percorrido por ônibus numa estrada com curvas, curvas, muitas curvas. No inverno, a temperatura (lá) cai para menos vinte ou quinze graus centigrados. Valparaiso com sua arquitetura meio “rococó” e onde a casa do poeta Pablo Neruda, Prêmio Nobel de Literatura, merece uma longa parada. Em Viña del Mar dá para molhar os pés no Oceano Pácifico e visitar o Cassino. De volta a Santiago é quase obrigatório um jantar no restaurante “Giratório”, décimo oitavo andar de um edifício e a vista noturna da cidade. O pianista da casa toca uma bossa nova brasileira supimpa. Se como diz a lenda “Paris vale uma missa”, alguns itapetininganos declararam: – “Santiago também”. A próxima parada sul-americana do agente itapetiningano Aldo Bassoli será na Patagônia, ano que vem.
A grande família se encontra
Amanhã, sábado, dois de abril, a tradicionalíssima família Hungria daqui se reúne em torno de uma almoço na sede campestre do Clube Venâncio Ayres. O evento, que acontece aqui, de quatro em quatro anos, terá a coordenação de Roberto Soares Hungria e Décio Hungria Lobo. Espera-se também a presença de dezenas de componentes de “Hungrias”, vindos de vários cantos do Brasil. Por ocasião de um encontro em 1996 os também coordenadores Roberto Hungria, Décio Lobo e José Cássio Soares Hungria solicitaram ao primo Clemente Mario Hungria Hoffbauer, que escrevesse um breve histórico da Família, objetivando transmitir aos mais jovens a vida e a obra dos antepassados ilustres. E assim surgiu o livro “As Origens do Clã Hungria – Hoffbauer (uma só família)”. E foi numa cidadezinha de nome Tasswitz, berço do clã, de origem europeia e que fica no estado da Baviera, cortada pelo rio Danúbio, Alemanha. O autor Clemente Hungria é filho do saudoso Nelson Hungria Hoffbauer, autor de quinze tratados de Direito Penal e Criminologia. De fama mundial, Nelson Hungria foi considerado o maior advogado penal na lista de todos os tempos no Brasil. O evento dos Hungrias deverá ter a presença de centenas de integrantes.
Irresistível
Segmentos de itapetininganos que, nestes últimos tempos, resolveram não mais assistir à TV Globo por motivos políticos abriram uma exceção. E a causa é uma novela a das nove da noite de título “Velho Chico”, de autoria do excelente Benedito Ruy Barbosa e direção (dramaturgia, cenários, luz, locações, filmagem e outros mais) de Luís Fernando Guimarães (hoje considerado o melhor diretor de novelas e minisséries do Brasil). No roteiro, a história de famílias de várias gerações que viviam às margens do rio São Francisco, no Nordeste Brasileiro. O elenco, afinadíssimo, com Rodrigo Santoro, como fator principal neste período ( década de setenta, período da ditadura militar, governo Medici). E as músicas são de Caetano Veloso e Geraldo Vandré entre outros craques da música popular brasileira. Vida longa para o “Velho Chico”.
Intelectual
Sobrinho da itapetiningana Odila Esáu, o professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fábio Shecaira, dará palestra sobre Filosofia do Direito na requintada Universidade de Oslo na Noruega, pais balcã. Fábio, moço e já doutor, entra no rol dos itapetininganos que estão proferindo palestras em universidades europeias. E que não são poucos.
Literatura
Déa Paulino coordenou no último dezenove, num sábado, neste último março, no projeto “Leia Mulheres”, uma discussão sobre a emblemática poetisa carioca Ana Cristina César, que suicidou-se em 1982 no Rio de Janeiro, aos trinta e um anos de idade. O local foi a “Travessa 81”, de Cândida Plens, próximo ao Menk Plens.
Quantidade
Segundo dados do IBGE, Itapetininga tem mais de 150 mil habitantes. Mas cerca de 700 pessoas participaram da passeata “Fora, Dilma”, no centro da cidade, num domingo, dia treze de março.