Ah! Que delicia de tempos… (parte I)

Imperdível o programa do Museu de Imagem e Som de Itapetininga da penúltima segunda-feira, vinte, no projeto “Você conta a história” na TVI (comunitária de Itapetininga), oito horas da noite. O foco foram as itapetininganas Maria Eunice Ferreira Rodrigues Granato (Nicinha) e Maria Nívea Guarnéri Machado (professora) entrevistadas por Roberto Soares Hungria (presidente do Museu da Imagem e Som, daqui), Hélio Rubens de Arruda Miranda, Carlos José de Oliveira (o Carlinhos) e este colunista, Ivan Barsanti Silveira. Isto, em três de janeiro de 2007. A gravação da entrevista está muito bem preservada, com ótima imagem, som límpido, enquadramento perfeito e dinâmico. As duas entrevistadas Maria Eunice e Maria Nívea, muito a vontade, responderam muito bem as perguntas feitas sobre suas infâncias e juventudes passadas aqui em Itapetininga nas décadas de 1940 e metade de 1950. Ambas são muito admiradas nesta urbe, pela extrema simpatia e pelo trabalho profissional e social.
Maria Eunice, advogada (lecionou um bom tempo na Faculdade de Direito da Fundação Karnig Bazarian) e possui um trabalho prático e teórico sobre adoção de crianças e jovens, com repercussão nacional.
Maria Nívea, mestra do ensino fundamental I na escola Estadual Peixoto Gomide, e há dezenas de anos é diretora do “Lar das Meninas”, aqui, onde, após as aulas as meninas complementam seus estudos e atividades domésticas lá. Um educandário que sempre necessita do apoio financeiro de instituições e pessoas. E na já citada entrevista, ambas contaram sobre suas vivências aqui nas décadas de 1940 e 1950. Tanto Eunice quanto Nívea cursaram o antigo primário no Colégio das Madres e depois na Escola Peixoto Gomide.
No Colégio, tanto os estudos como a disciplina eram bastante severos. Assim como na Escola Estadual “Peixoto Gomide”, bastante puxado (tinham que estudar muito!). Os professores eram bastante respeitados (mesmo aqueles mais “tiranos”). Quando entravam na sala, os alunos, todos, ficavam em pé até que os mestres mandassem os próprios sentarem. A figura do diretor Antônio Belizandro Barbosa Rezende, foi marcante para várias gerações que estudaram lá (dirigiu dezenas de anos o referido estabelecimento). Muitas e muitas vezes, segundo Maria Nívea, ele ficava escondido atrás das cortinas para observar como os alunos (do Ginásio e do Cientifico, mesmo do Curso de Magistério, as vezes) entravam nas salas após o grande intervalo. Se houvesse algazarra, os alunos eram enviados à diretoria para penalidades. Belizandro queria sempre ordem na Casa (Escola).
Mas haviam também algumas atrações na vida dos jovens, aqui nos anos 50. O Largo dos Amores, no coração da cidade, era uma delas.
Todas as noites havia a roda dos jovens em torno da fonte, principalmente nos fins de semana. Eram quatro. A primeira era de moças estudantes, geralmente bem vestidas (principalmente aos sábados e domingos), de classe média e alta (esta, rara) que giravam em direção oposta a dos moços. A dos rapazes, também estudantes com seus ternos de final de semana (nesta época, os moços não se enfeitavam quase nada). Roupas coloridas, nem pensar. Apenas cabelos penteados e sapatos engraxados. Ali, aconteciam os flertes (olhares) para quem não tinha namorado ou namorada firme.
Os namorados não giravam no Largo dos Amores. Iam para um outro, não tão badalado e sem muitas luzes, o da Matriz. Lá, os bancos eram disputados. Tinham que se chegar cedo. Na terceira e quarta roda, moças e moços com profissões manuais, e alguns estudavam nos cursos noturnos, o que era um desprestigio social. Infelizmente a educação não tinha chegado para todos. Mas, as diferentes classes sociais circulavam num mesmo espaço, o que já era considerado meio democrático.
(Continua).

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