Alberto

Alberto Isaac que nos deixou na tarde do último oito, atualmente cronista deste “Correio de Itapetininga” e que durante anos e anos escreveu em quase todos os jornais de Itapetininga desde a década de 1950 até o início deste século XXI. Dificilmente um outro vasculhou tão bem a alma desta cidade. Dificilmente não, ninguém como ele.
Nosso cronista interessava-se por tudo o que acontecia nesta urbe e colocava no papel através de sua máquina de escrever de forma realística, mas muito lírica, o que acontecia na comunidade tradicional daqui. Mas, também se interessava muito pelo o que há pelo mundo.
Alberto Isaac em seus relatos era regional, nacional e internacional. Para ele, escrever era como respirar. Era repórter (inclusive correspondente durante muito tempo do poderoso jornal “O Estado de São Paulo.” Algumas de suas reportagens estão arquivadas no Estadão (como o incêndio da Companhia de Energia Elétrica pelo povo daqui, em outubro de 1958).
Isaac descrevia cidadãos (mulheres e homens) daqui com uma precisão notável independente do seu biografado fosse branco, católico, protestante, ateu, que tivesse uma ideologia progressista ou conservadora, não se importando também da classe social, econômica do seu personagem, protagonista do seu tema, nacionalidade, cor da pele, que fosse uma pessoa influente no meio social ou não. Nenhuma discriminação. Centenas e centenas de seus contemporâneos.
Ligadíssimo aos acontecimentos, Alberto lia diariamente jornais (principalmente “O Estadão”), ia aos cinemas, teatros, não perdia um exemplar das revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”, bíblias do pensamento brasileiro, principalmente nas décadas de 1950 e 1960.
Professor primário, foi lecionar numa escolinha rural pelos lados de Guapiara e Apiaí, no “fundão” do Estado de São Paulo em 1953, morando no sertão, sua única ligação com o mundo era um radinho de pilha quando ouvia os noticiários de rádios principalmente cariocas (pela sua maior potência). Vinha para Itapetininga de dois em dois meses, logo ele, já um cronista de sua época.
Alberto Isaac nunca parou no tempo. Escrevia sobre o passado, mas também do presente. Seus escritos vão ser obrigatórios, no futuro, para quem quiser escrever sobre Itapetininga. São leituras obrigatórias.
O mídia Fábio Silveira Campos em seu “Facebook” está propondo o nome de Isaac para o Mercado Municipal, local onde ele trabalhou na lojinha “66” juntamente com sua esposa Eza. Nada mais justo. Lá, além do comércio, era também um encontro diário de segmentos intelectuais de itapetininganos para conversar com o jornalista.

 

Se fato é foto…

A professora e jornalista editora chefe deste, Jornal, “Correio de Itapetininga, Carla Monteiro” foi uma das mulheres que recebeu uma merecida homenagem pelos relevantes serviços realizados pela sociedade Itapetiningana no evento organizado pela Secretaria de Cultura e Turismo e Confraria D’Italia no início deste mês de junho na Câmara Municipal de Itapetininga. Foto – Arquivo Pessoal

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