Neste artigo encerro a trilogia sobre produtos nostálgicos, artigos do entretenimento que já não se produzem mais ou que estão prestes a acabarem. Virarão peças, ou já viraram peças de museu.
Na primeira da série nostálgica falei sobre os discos de vinil, na 2ª escrevi sobre as revistas e jornais de circulação nacional que aos poucos estão extinguindo.
Nesta vou falar sobre o vídeo cassete e suas fitas, chamadas de VHS (abreviatura da língua inglesa “ Vídeo Home System”) o que é aqui no Brasil mais ou menos traduzindo seria “ Sistema de Vídeo em Casa”.
Surgido no início dos anos 80 o vídeo cassete veio para revolucionar o comportamento de todos principalmente para os cinéfilos inveterados. A partir daí poderia assistir filmes em casa, a qualquer hora do dia, alugando as fitas nas vídeos locadoras, que se espalharam por todo país. Além de alugar os filmes, podia-se gravar programas, novelas, shows, futebol entre outros das emissoras de tv, para assisti-los e arquiva-los.
Mas a sua popularidade e adesão em massa, foi somente no final dos 80. Com preço ainda muitos “salgados” muitos iam até o Paraguai para comprar o famoso Panasonic G9, com preço bem mais acessível. Parece piada mas não é! Até consórcios existia na época para adquiri-lo. No Brasil eram fabricados as marcas Sharp, CCE e Toshiba.
Ter o tal do vídeo cassete era artigo de luxo, e quem tinha esnobava até no bom sentido, ou não! Kkk As pessoas se reuniam nas salas para dar o play na fita e claro rebobinar quando acabasse o filme, senão pagava multa.
Ir a locadora, principalmente ás sextas feiras, pois finalmente chegava o fim de semana, era um passeio, que por sinal era muito prazeroso, era uma delícia.
Tivemos locadoras excelentes aqui na cidade. A primeira que eu me lembro foi a “ Itapevideo” que tinha várias salas com um grande “arsenal” de filmes ficava na Silva Jardim em frente onde é hoje a boutique “Novita”, depois surgiu a locadora Avenida em frente à praça do Cofesa, do saudoso Clarindo Lamourier, que durante muitos anos foi chefe do Corpo de Bombeiros Voluntários aqui de Itapetininga e um amante da arte de se fazer vídeo, foi responsável por inúmeros registros através da sua Câmera VHS , que poucos tinham, na mesma época surgiu também a Star Vídeo do Carlos Sonoda, na Rua Expedicionários, próximo ao Ginásio Mário Carlos Martins e que durante muitos anos por lá permaneceu.
Com o tempo surgiram inúmeras locadoras por diversos cantos da cidade, e como tudo com o tempo se acaba, elas foram se acabando. Hoje temos apenas 2 locadoras que alugam DVD’s na cidade, onde teve mais de dez. A Locadora Quintino na rua Quintino Bocaiuva e a Agapito Locadora, do Fabrício Agapito, outro amante da sétima arte e que há mais de 20 anos tem a sua excelente locadora. Dois proprietários guerreiros que “ tiro o meu chapéu” pois muitos ainda não sabem baixar filmes na internet ou não possuem os Netflix da Vida.
Na época achavam que elas iriam “exterminar” com os cinemas e eles iriam se acabar. Pelo contrario, só aumentaram e cada vez mais com tecnologias moderníssimas e salas cada vez mais confortáveis e aconchegantes.
Nada como ver um filme na “telona” com um bom som e uma boa companhia, e claro uma daquelas pipocas que cheiram “ a filme”.
Os tempos são outros, as tecnologias se inovam muito rapidamente, mas o cinema sempre será a mesma obra de sempre, como dizem a 7º Arte, que para muito pode se dizer que é a Primeiríssima Arte!
Até a próxima.