As matinês de domingo

Veio-nos a mente, quando passávamos em frente ao estacionamento próximo ao Clube Recreativo, lembranças saudosas dos cinemas então existentes na cidade. E, com uma certa melancolia, passou-nos pela cabeça a existência de duas casas de espetáculos, o Cine Ideal (depois Olana) e o São Pedro, na Campos Sales.

Mas o que proporcionava alegria, quando criança, eram os matinês de domingo, ocasião em que os garotos e as garotas, até adolescentes, estavam presentes às exibições de filmes apropriados para os mesmos.

Esses domingos eram alegres, divertidos e barulhentos. As crianças tomavam conta dos cinemas locais, todas irmanadas, mesmo que pertencentes às diversas classes sociais. Adquiriam ingressos com preços reduzidos e alguns com “senhas” recebidas como reconhecimento pelo bom comportamento na escola.

Postados em frente aos cinemas encontravam-se os carrinhos de pipoca do Lazinho ou Júlio e, por vezes, a venda dos saborosos pralinas, confeccionados na porta do Cine São Pedro.

Nas matinês dos domingos havia reprise do filme de sábado, acompanhado com a exibição de desenhos animados (curta metragem) da Disney, como Pato Donald, Mickey Mouse ou Pernalonga Pica Pau e Tom e Jerry, da Hanna Barbera, para o deleite dos presentes. As vezes também os longa metragens da Disney eram exibidos, como Fantasia, Branca de Neve, A Dama e o Vagabundo, entre tantos outros que vêm na memória…

Os filmes do Tarzan, o Rei das Selvas, ou Jim das Selvas, empolgavam todas aquelas crianças. Rim Tim Tim, o cachorro pastor alemão do forte americano. A emocionante história de Lessie.

Geralmente nessas matinês os jovens levavam seus “gibis” de histórias em quadrinhos do Zorro, Super Man, Fantasma, Roy Rogers, Capitão Marvel, quando os filmes desses heróis passavam na grande tela.

Quando terminava a sessão, os pais aguardavam os filhos em frente aos cinemas, momento, também, de muita conversa e encontro de amigos.

Hoje, em consequência à pandemia, nem nos poucos cinemas de shopping podemos frequentar e as crianças vivem hipnotizadas na tela de um computador, ou fazendo maratonas em séries violentas das Amazons ou Netfilx da vida, aumentam as lembranças das inesquecíveis tardes em que a ingenuidade era o apanágio das crianças, como retrata tão bem o clássico filme Cine Paradise, do diretor italiano de Giuseppe Tornatore.

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