Eu tive um professor que afirmou, numa de suas aulas, que o verbo avacalhar foi usado pela primeira vez por Rui Barbosa. Não sei, talvez seja. Sei que Costa Rego, citado por Aurélio, disse: “Um jovem deputado brasileiro, Maurício Lacerda, querendo anatematizar à Câmara por seus delíquios em face do governo, disse que ela se avacalhara. ” Avacalhar tem várias acepções, mas uso no sentido de relaxado.
Na primeira fase da minha vida, ficava admirado com a administração da Santa Ceia ou Eucaristia. O culto começava muito solene. Cantava-se hinos e não canções. Havia diferença entre hinos e canções, embora alguns acham que é a mesma coisa. Observe, caro leitor, que usei o verbo achar, pois há muitos que são formados na Faculdade de Teologia do Achismo. Os reformados emitem opiniões, tendo como base a Bíblia Sagrada.
Depois havia a cerimônia, propriamente dita. Estavam lá o pão e o vinho. Primeiro o pão, símbolo do corpo de Cristo e depois o vinho, símbolo do sangue de Jesus. Havia, no meu parecer infantil, uma sequência lógica na Bíblia, uma vez que, depois da distribuição do pão, o Ministro usava a expressão bíblica “por semelhante modo, depois de haver ceado…” e por aí vai. Distribuía–se o cálice. Tanto na hora do pão, como na distribuição do cálice, o comungante abaixava a fronte e orava. Eu, como era pequeno, ficava imaginando o que cada pessoa orava, pois era em silêncio. Curiosidade infantil. Perguntei, um dia, para minha mãe, em casa, e ela respondeu: Quando a gente toma o pão, agradece a Deus Pai por ter providenciado tão grande salvação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo; devemos, continuou, dizer: Graças te damos, porque ele sendo pão da vida nos alimenta e nos fortalece. Disse ainda que é privilégio participar do sacramento da Eucaristia, porque por meio dele anunciamos a morte de Cristo, proclamamos a sua ressurreição e aguardamos a sua vinda gloriosa.
Achei tudo isso muito lindo. Depois que a minha morreu, quando eu já tinha doze anos de idade, fui recebido na Igreja por Pública Profissão de Fé. Eu me considerava muito pecador, mas muito mesmo e orava, assim, na hora da Eucaristia: Pai santíssimo, graças te dou pelo teu amor revelado a mim na Pessoa do teu Filho, concedendo-me por meio dele a salvação. Graças te dou, ó Pai, porque tu me vestiste com peles de salvação, sendo o teu Filho, o Cordeiro Pascal. Senhor, tem misericórdia de mim e perdoa-me pelas faltas cometidas. Tudo isso te agradeço e te peço no nome do teu Filho Jesus Cristo. Amém.
Tudo mudou e hoje não se celebra mais a Eucaristia da mesma forma.
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