A insegurança já figura como a principal preocupação dos brasileiros, apesar das notórias deficiências do atendimento à educação, saúde e transportes.
O noticiário policial anda repleto de relatos de crimes cruéis, sórdidos e hediondos. A vida humana tem valido muito pouco.
Os crimes contra o patrimônio preocupam e intimidam, mas não geram grandes comoções, mesmo quando roubam ou danificam equipamentos e ingredientes da merenda escolar, queimam veículos do transporte público, destroem templos ou assaltam bancos. É o risco à vida que atormenta a população.
A sociedade brasileira encontra-se no estágio mais preocupante e desagregador de seu inconformismo, marcado pela descrença na atuação das instituições públicas, afeitas à segurança pública. Chamar a polícia já não representa a solução do problema, mas apenas o adiamento do reencontro com o criminoso, na esquina próxima.
A condenação judicial e o aprisionamento deixaram de ser temores e certezas de criminosos, principalmente menores e deliquentes ricos. Acabam informalmente condenadas e reclusas testemunhas e vítimas.
A sociedade tem fundados motivos para descrer da eficiência de nosso sistema carcerário, piada de mau gosto que pouco reabilita e envolve primitivo e bárbaro ambiente, inclusive de mando de facções, que podem decretar mortes e continuar operando criminosamente, de dentro dos presídios.
A insegurança coletiva pode ser notada nos primitivos linchamentos, a cada dia mais frequentes, e no inusitado e atípico crescimento das empresas de segurança privada. Descrente da justiça, a sociedade tende à vingança.
A pena de morte, involuente em todo o mundo, reúne cada vez mais adeptos em nosso meio. A maioria das pessoas, inseguras quanto ao eventual erro de julgamento humano, e até condoídas pelo histórico de vida de alguns criminosos, acaba aceitando tal reprimenda, diante da condição bárbara e desnecessária de casos específicos de assassinatos.
O principal ingrediente da eficácia das punições, como desestimuladoras do crime, é ser acreditada por criminosos, o que pouco acontece em nosso meio. Muitos crimes sequer são noticiados à autoridade policial, como repetidos e não elucidados assaltos a transeuntes e estabelecimentos comérciais.
A segurança pública, da prevenção ao cumprimento da pena, figura como o tema mais evitado por nossos plenários legislativos, que preferem temas mais amenos e clientelistas. Não faltam estudos e entendidos do tema, à espera da vontade política de reconhecer que ainda somos primitivos e ineficientes.
A persistência de nossa insegurança pública já esvaziou praças, mudou rotinas, inviabilizou investimentos e segue intimidando e infelicitando milhões de brasileiros. Somos, hoje, o país do futebol, samba, natureza e intranquilidade.
Prefeitura faz alerta sobre golpe em grupo do CadÚnico
A Prefeitura de Itapetininga, por meio da Secretaria de Promoção Social, alerta toda a população de Itapetininga sobre a possível ação de golpistas com o uso de um grupo falso de whatsapp...