Neste último 8 de setembro, quarta-feira, acabamos de receber várias mensagens na rede social, no telefone e no e-mail, sobre esta data em que adentramos, os noventa e seis anos de existência.
Essas agradáveis congratulações foram enviadas por alguns jovens e diversos provectos, indagando como se sentia alguém que chegou a essa gloriosa idade, em relativa atividade profissional e razoável condição de saúde.
O conceituado intelectual e um dos maiores escritores da América Latina, Jorge Luiz Borges, argentino, dizia que a “velhice pode ser nosso tempo de ventura. O animal morreu, ou quase. Restaram a alma e o homem”. Então as lembranças instantaneamente voltam à mente, espetacularmente como em um filme de curta metragem, revolvendo o passado, rememorando os bons e os dias infaustos, numa sucessão ininterrupta de emoções.
Isto produz alegria e na mesma rapidez melancólica que fere profundamente a alma. Mas a alegria sempre impera por causar enorme bem, dentro das limitações possíveis, em poder continuar com certa satisfação.
Contudo, não devemos esquecer que o tempo será sempre algo que a todos intriga. O passado vai ficando cada vez mais extenso e o futuro mais exíguo, com menos esperança e inquietador.
Fazer o quê?
Se dependesse de nós, faríamos com o tempo o que sabiamente se faz nas partidas de basquete (ou bola ao cesto), um esporte popular dos mais apreciados. No basquete – quem conhece sabe muito bem-se a bola para o cronômetro imediatamente para. O tempo morto não é faturado. Mas a vida celeremente vai passando, com seus dramas, comédias, alegrias, tristezas e mutações em todos os sentidos.
Lamentável e é pena que a vida não siga a sinalização do cronômetro. Os tempos mortos não deviam contar. Vou dormir? Zero o cronômetro. Es tamos bestando, sem fazer coisa alguma, sem pensar em nada. Compasso de espera. A esta altura da vida, estamos na flor da vida, ou melhor, da idade E para o futuro não devemos esquecer os sorrisos e agradecer pelo que foi feito ou então, o que poderá ser feito.
Nesta estrada, onde muitos já trilharam, continua a jornada. Graças ao Bom Deus, Tercis de Melo Almada, José Pires Germano, Oswaldo Piedade, José Ramos, Carlos José de Oliveira, Paulo Guarnieri de Lara, Dirceu Guarnieri, Nildes Aguiar, Zilda Cardoso, Nilton Albuquerque, Roque Guilherme, Antônio (Ico) Murat, Alcir Souza Viana e outros ilustres cidadãos das mais diferentes camadas sociais itapetininganas.