Perguntaram e eu respondi: Por que os Reformados não comemoram o Corpo de Cristo ou Corpus Christi? A resposta é simples, mas entrei em detalhes para não ofender os meus interlocutores. Eu gosto de respeitar para ser respeitado, quanto às minhas ideias bíblicas, todavia, apesar das diferenças de interpretações, somos cristãos. Viva a liberdade de imprensa e de culto!
Mateus, o publicano convertido, chamado Levi e renomeado por Cristo, quando se converteu, como era afortunado, ofereceu um banquete em sua casa para Jesus e seus discípulos. Escreveu o Evangelho que recebeu o seu nome na língua hebraica, especialmente para os judeus. Há, na sua biografia de Cristo, sessenta citações do Velho Testamento, como tendo sido cumpridas em Jesus. Retrata, como exímio pintor, Jesus como Rei e a palavra “Reino” aparece cinquenta e cinco vezes e “Reino do Céu” trinta e duas vezes e “Filho de Davi” sete vezes.
O evangelista, numa concisão brilhante, descreve a instituição do sacramento da “Eucaristia” que “ é uma refeição comemorativa, na qual os cristãos se reúnem em obediência ao mandamento de Cristo, rendem graças pelo sacrifício que ele cumpriu no Calvário em benefício deles e renovam os propósitos de união com o Senhor”.
Mateus afirma que “enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Usou o pão como símbolo do seu corpo. Jesus, por várias vezes, usou a metáfora para ensinar verdades espirituais. Certa ocasião, disse: “ Eu sou o caminho”, e por aí vai… Jesus não é uma rua, uma estrada, mas quando afirmou que era caminho, quis dizer que ele e só ele é o caminho para o Céu. Agostinho, bispo de Hipona ou Santo Agostinho para os que não são reformados já dissera, no seu tempo e na sua época: “ Cristo é, metaforicamente, muitas coisas que, estritamente falando, ele não é. Metaforicamente, Cristo é, ao mesmo tempo, uma rocha, porta, pedra angular, pastor, leão e cordeiro. Quão numerosos são tais comparações! Mas, se desejardes a significação estrita, então ele não é nem rocha, porque não é duro e pesado; nem porta, porque nenhum marceneiro o construiu; nem pedra angular, porque nenhum construtor o empregou como tal; nem pastor, porque ele não é guardador de quadrúpedes; nem leão, porque se chega aos animais; nem cordeiro, porque não pertence ao rebanho. Todos esses títulos servem como analogias”. Jesus, na última ceia, tomando o pão, disse: “isto é o meu corpo”. O pão, usou Cristo metaforicamente, assim como o cálice. Quanto ao cálice, usou, além da metáfora, a metonímia, uma vez que ninguém bebe o cálice, mas sim o conteúdo. Os homens, no entanto, interpretaram literalmente e passaram a dizer e a ensinar que o corpo e o sangue de Jesus estão contidos no sacramento do altar, sob as espécies de pão e vinho, sendo o pão transubstanciado no corpo e o vinho no sangue por divino poder. Surgiu, através de tal pensamento, o culto da hóstia, pois se o pão consagrado sobre o altar é o corpo real de Jesus, logo, então, deve ser objeto de culto. Tal adoração e cerimônia determinaram a criação de uma solenidade conhecida como Corpus Christi, no ano 1264.
Os reformados não acreditam que na hora da consagração o pão e o vinho se transformam na carne e no sangue de Jesus, são apenas símbolos.
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