D. Conceição, senhora de grandes brilhos

Elegante, passos firmes e olhar um tanto espantado, ela chega e pede para que os funcionários desliguem a serra e suspendam a operação que pretendiam realizar. Surpresos e quase atônitos, os quatro servidores da Prefeitura, cessam o trabalho, sem contestação alguma.
Era na manhã de um 5 de Junho, que se comemorava a ”Dia Mundial do Meio Ambiente”, há mais de trinta anos atrás, e o episódio tinha como cenário a Praça 9 de Julho, próxima a Catedral dos Prazeres . Tratava-se de cortar uma árvore que compunha, com outras, o canteiro central dividindo o pequeno trecho frente ao atual Ambulatório de Saúde “Genefredo Monteiro”.
A personagem do inusitado ato, presenciado por dezenas de pessoas que se dirigiam à missa na antiga Igreja da Matriz, se solidarizaram e aplaudiram a autora do fato: D. Conceição Ayres de Oliveira, falecida há dois anos e digna de todo respeito pela trajetória meritória que desenvolveu nesta Itapetininga, terra onde nasceu e a amava com ternura e devoção.
Sem dúvida, quem a conheceu lembra-se perfeitamente que ela dedicava-se com amor profundo às atividades assistenciais e políticas, desenvolvia desinteressadamente, juntamente com seu pai Cel. Paulino Ayres Ribas, delegado no município, de atuação política do extinto Partido Republicano. Essa propensão política foi herdada de seu avô Brasilio Ayres, fazendeiro e líder político da região e que leva seu nome ao Centro Cultural, localizado no antigo prédio da Prefeitura, onde se encontra valioso acervo histórico de Itapetininga, hoje, infelizmente, fechado e com promessa de reabertura quando inteiramente reformado.
D. Conceição, que pretendia gravar parte da memória do município ao Museu de Imagem e Som local, presidido pelo odontólogo Roberto Soares Hungria, trabalhou arduamente ao lado da admirável esposa do Cel. Toniquinho Pereira D. Angelina Turelli Vieira, para a fundação da “Casa da Criança” e da campanha para o Asilo São Vicente de Paula, além de auxiliar substancialmente na construção da Catedral N.S. dos Prazeres, iniciativa do saudoso Padre Brunetti.
Residiu por dezenas de anos na rua Silva Jardim, frente ao “Ginasinho”, onde o esposo Paulo Ayres de Oliveira, mantinha seu consultório dentário.
Católica ao extremo, mas respeitosa às outras crenças cristãs, sempre praticou ações benéficas, e depois, apesar da idade avançada dedicou-se ao movimento Maria de Cana instituído pelo Cônego Mario Donato, com a finalidade de auxiliar carentes e necessitados da Poróquia N.S. dos Prazeres.
Numa das próximas sessões da Câmara Municipal, o vereador Fuad Abrão Isaac apresentará projeto dando o nome de Conceição Ayres de Oliveira a uma das ruas da cidade, como homenagem a ilustre dama e a seus filhos Newton Ayres de Oliveira, Gladys Rosário, José Paulino (falecidos) , Clayde Ayres e Leda Ayres de Oliveira, e a todos familiares.

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