Assisti neste final de semana de intenso frio, o caloroso vídeo “Dalva e Herivelto” microssérie (uma semana apenas de exibição) da TV Globo, de 2010. Foi apresentada como microssérie por ter uma curta duração. O que, para grande parte dos telespectadores que queriam mais história sobre a dupla. Que dupla? De cantora e cantor (e compositor). Nas exibições do seriado pela Globo, o grupo da “melhor idade” (sessenta anos ou mais) regalou-se ao ver a trágica história da cantora Dalva de Oliveira, considerada a “rainha da voz” do rádio brasileiro (décadas de 1940 e 1950) e do cantor e compositor Herivelto Martins (só para saber: “Ave Maria no Morro” é de sua autoria).
Uma microssérie muito bem dirigida por Denis Carvalho com aquele “padrão Globo” já conhecido, e no elenco Adriana Esteves numa interpretação muito sensível da personagem Dalva de Oliveira, e Fábio Assunção vivendo seu marido, o compositor Herivelto Martins. Na vida real, Herivelto era meio baixo, gordo e com um rosto comum, diferente do galã Fábio que, como vocês sabem, é alto, musculoso e rosto bonito. Mas apesar dessa diferença física, ele, Fábio Assunção foi Herivelto Martins do princípio ao fim.
O diretor Denis Carvalho foi bastante cuidadoso ao contar a vida dos dois artistas brasileiros. Com texto da experiente Maria Adelaide Amaral, entre outros, narrou o início da carreira artística de Dalva e Herivelto. Dalva, natural de Rio Claro, interior paulista, de família pobre, já cantava nas ruas sob orientação do pai, geralmente alcoolizado. A menina depois moça já tinha uma voz bonita e desejosa de seguir carreira, começou seus trinados em circos na periferia do Rio de Janeiro. Conhece, no picadeiro, a dupla Preto e Branco, na vida real Nilo Chagas e Herivelto Martins, e resolve unir-se a eles. Começaram cantando em emissoras de rádio no Rio de Janeiro, como a Mairink Veiga onde o animador César Ladeira lança então o agora trio como “de Ouro”.
Dalva (Adriana Esteves) casa-se com Herivelto (Fábio Assunção) numa cerimônia de umbanda (religião de Herivelto). O trio fazendo sucesso em todo o Brasil e daí entra a melhoria econômica e com isso algumas infelicidades conjugais de Herivelto e ele faz o mesmo com Dalva acusando-a de ter muitos amantes. Mas a carreira da dupla continua. Para Herivelto seria impossível não ter Dalva como solista, apesar de tudo. O vídeo apresenta quadros musicais luxuosos encenados no famoso Cassino da Urca, no início da década de 1940. Bailarinas e bailarinos muito bem vestidos, dançando em torno do trio. Mas as brigas continuam e os filhos do casal: Pery Ribeiro e Ubiratan Martins são obrigados a se internarem num colégio, obedecendo ordens da Justiça.
Da separação surge um duelo musical entre eles. Compositores amigos de Dalva elaboram canções para ela, cujas letras acusavam o ex-marido. Sambas-canções e boleros como “Tudo Acabado” (entre nós hoje de madrugada…); “Que Será?” (da minha vida sem o teu amor…); “Errei sim” (manchei o teu nome, mas foste tu mesmo o culpado…), entre outras. Dalva seguiu carreira sozinha elegendo-se “Rainha do Rádio Brasileiro” em 1951. E daí por diante até o seu “canto do cisne” em 1969 com sua interpretação em “Bandeira Branca”.
Microssérie bastante elogiada na época e assistidíssima. No elenco também Maria Fernanda Cândido. Ah! Assisti tudo isso nas plataformas digitais (Youtube) por exemplo.
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