Foi na região da Galileia que Jesus deu início ao seu ministério salvífico. Nasceu em Belém, na Judeia, cumprindo a profecia de Miquéias, porém foi nos confins de Zabulom e Naftali, de acordo com a profecia de Isaías, que ele começou a pregar, apresentando-se como o Messias. Mateus, o evangelista, afirma que “o povo que estava assentado em trevas, viu uma grande luz”. Os moradores estavam assentados na região e sombra da morte, quando a luz raiou e Jesus, andando junto ao mar, pregava:-“Arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus.” As profecias foram e estavam se cumprindo. Que maravilha!
A sua pregação era poderosa, pois ele era o Onipotente. A mensagem atraía, porque os homens estavam assentados na sombra da morte. A voz de Cristo repercutia, uma vez que, batendo nos corações petrificados, ecoava. Ele não era a voz, como João Batista, mas era a própria Palavra, o Verbo Divino. Foram poucos, bem poucos os que aceitaram o convite para a salvação. Foram poucos e bem poucos os que deixaram tudo para segui-lo. Foram poucos, bem poucos os que aceitaram o convite: “Vinde a mim e eu vos farei pescadores de homens.”
Eram homens simples, como simples era o pregador que se despojara de tudo para salvar e redimir os que estavam assentados na sombra da morte. Convidava, prometendo transformá-los em pescadores de homens. Já eram pescadores, mas Cristo prometia-lhes um cargo superior. Pregava e curava. Todos podiam pregar, mas curar, só Ele, o Filho Unigênito de Deus-Pai e primogênito de Maria, a mulher cheia de graça. Pregava o Evangelho, isto é, as boas novas e curava, dando cumprimento a profecia de Isaías: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores ele levou sobre si…” (Isaías 53:4)
Eles não sabiam orar e Cristo disse, ensinando: “Vós orareis assim…” Ensinou que eles deveriam entrar no quarto e fechando a porta, orar a Deus-Pai. Não disse que eles deveriam orar para Abraão, Isaque, Jacó, José, Malaquias e outros santos do passado, mas deveriam orar a Deus-Pai. Não disse que eles deveriam ser repetitivos, dizendo: Abençoa-nos, Senhor; Abençoa-nos, Senhor; Abençoa-nos, Senhor e assim por diante, como fazem os gentios. Deveriam orar em oculto, para que o Pai os recompensasse publicamente. Não disse Cristo que eles deveriam se assemelhar aos gentios, mas deveriam saber que antes que eles pedissem ao Pai, o Criador já sabia de suas necessidades antes deles pedirem. Cristo ensinou que eles deveriam invocar a Deus, chamando-o de “Pai Nosso”, pois embora eles fossem criaturas, poderiam ser filhos, gerados de novo, recebendo-o como salvador. Deus é Pai do homem que foi criado do pó da terra e Pai de Jesus, o único Filho gerado. Jesus é o Filho Unigênito e o homem é o filho criado, porém é a coroa da criação. Foi criado com poder para sujeitar todas as outras criaturas. Recebeu o homem o sopro divino e, como tal, tem domínio sobre todas as outras criaturas. Recebera do Eterno uma natureza dupla: o homem é pó e um dia voltará à terra, como era, porém o espírito voltará a Deus que o deu. O homem tem, como afirmou o teólogo José Borges dos Santos Jr. consciência própria, porque se distingue de tudo mais e nada faz sem saber o que está fazendo, porém tem determinação própria, porque tem a faculdade de obedecer e não obedecer, conforme queira.
Deus é nosso Pai e como Pai tem o poder de nos corrigir, quando não vivemos de acordo com a sua vontade. Deus é o nosso Pai, portanto, sejamos obedientes. Deus é Pai.