Posso até apostar que a maioria (bem maioria) da chamada “terceira idade” (sessenta anos para cima) nunca tinha ouvido falar na senhorita Taylor Swift (ou senhora) norte-americana antes da sua atuação no Brasil, principalmente no desastre que foi no Rio de Janeiro. Começando com a morte de uma fã (dia dezessete, última sexta) e depois no sábado, dezoito, quando sua equipe (que é quem comanda o espetáculo) suspendeu naquela noite o “show”.
Começando pelo mais trágico: a morte de uma espectadora de vinte e três anos de idade, ela desmaiou durante a segunda canção cantada pela possível sucessora de Madona (é o que dizem). Até aí, tudo “quase normal” (naquele dia houve “mil” desmaios). Só que, infelizmente, a jovem, da região centro-oeste do Brasil, teve uma possível parada cardiorrespiratória e não voltou mais a si, embora devidamente hospitalizada.
Culpados? Talvez a palavra seja muito forte. Melhor: descontrole total. Naquela fatídica sexta-feira, o Rio de Janeiro bateu recorde de alta temperatura. Os fãs da cantora estavam na fila de entrada no Estádio “Nilton Santos”, o chamado “Engenhão”, desde cedo, manhã e tarde, tomando um sol escaldante, muito calor e quase sem proteção.
Não haviam vendedores de água suficiente (não podia entrar com o plástico d’água lá dentro), muito tempo na fila. Muitos fãs de vários Estados brasileiros e até de outros países da América do Sul. Muitos não tão acostumados a exposição ao sol. Muitos e muitos esperaram horas (muitas horas!) pela abertura dos portões. Muitos jovens pensam que por serem jovens, não acontece nada com ele. Não é bem assim.
No sábado, dezoito, outro fiasco (se é que podemos dizer assim). A coordenação do “show” temendo outras fatalidades resolveu suspender a apresentação de Taylor Swift, mas anunciada a grande massa presente, apenas duas horas antes do início, não levando em consideração a longuíssima espera (novamente) dos fãs da cantora.
A apresentação de sábado foi mudada para segunda-feira (dia vinte). Houve reclamações e reclamações dos entrevistados pelo repórter Marcos Vinícius Anjos, da Globo News. Muitos acusando a Prefeitura e o Estado pela atuação tardia. Mas, no domingo, dezenove, o “Engenhão” voltou a receber milhares e milhares de pessoas. Devoção é devoção.
Se fato é foto…
O casal itapetiningano Beto Santos (empresário e vocalista da banda Beto Balanço) e Izadora Sallua (psicóloga) juntos com o filho Pedro. Foto – Arquivo Pessoal