Elis e Tom, só tinha de ser com você

Assisti no último domingo, o documentário musical recém lançado de título “Elis e Tom, só tinha de ser com você”, direção de Roberto de Oliveira, produção da Ancine, entre outros, de filmagens quase domesticas do famoso encontro da cantora e do compositor para gravarem um disco (LP na época, que aos poucos foi se tornando “cult” através do tempo, no mundo ocidental). Para que o som saísse puro (isto em 1974), ambos os artistas, considerados os máximos da música popular brasileira, foram escolhidos os estúdios de Los Angeles, California, Estados Unidos.
Antônio Carlos Jobim, o “Tom”, já era um nome no meio da sofisticada música americana e seus principais nomes. Como introdutor da bossa-nova brasileira nos “States”, já era um músico e compositor cultuado lá. Não esqueceu que foi convidado por Frank Sinatra (considerado um dos maiores cantores do mundo) para participar com ele em um programa de televisão só com eles. Inclusive, Frank acertou o tom interpretando a canção jobiniana como deveria ser.
Elis estava se projetando como cantora internacional. E Roberto de Oliveira como empresário de Elis Regina aproveitou os momentos da gravação filmando tudo numa câmera de 10 milímetros. Nestes quase 50 anos, o filme ficou guardado por Roberto e lançado agora em 4K.
Nem tudo foram flores na gravação do disco. De início, Elis e Tom não se davam muito. Havia uma certa animosidade entre eles. Mas aos poucos foram se entendendo. Elis levou seu marido, e também músico e arranjador. Só que alguns arranjos musicais de César Camargo Mariano não combinavam com os desejos de Tom Jobim. Este, não aceitou o emprego de instrumentos elétricos em suas composições (as músicas gravadas seriam só dele). E muitas vezes a “Pimentinha” (apelido de Elis) tomava as dores do marido.
Mas, no fim, parece que tudo deu certo e o álbum foi lançado. O diretor e cineasta Roberto filmou todas as faixas do disco (ou quase) e a cantora interpretou canções memoráveis como: “Retrato em branco e preto”, “Só tinha de ser com você”, “Soneto da separação”, e logicamente, “Águas de março” (a grande atração do LP).
Para quem viveu a época ou se interessou pela carreira dos dois artistas, é imperdível. Elis e Tom parecem que são eternos. Não há uma semana que ambos não aparecem na televisão. Serão gênios? No final do documentário, surgem músicas tristíssimas. Se você for muito sensível, deixe um lenço por perto.

 

Se fato é foto…

O itapetiningano Carlos Pereira Pinto, o Carlão (advogado e comunicador) com seu filho Carlos Augusto no Restaurante Árabe Bistrô. Foto – Reprodução/Arquivo Pessoal

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