Em defesa do cavalo II

06/02/2014 20:11

“Bebedouros serão desativados para evitar doença de cavalos”! Exultei ao ler essa notícia no Correio de Itapetininga, na sexta-feira! Sinal que nossas autoridades estão atentas e isso é bom… Cavalo também é filho de Deus, sempre ajudou o homem na sua jornada sobre a Terra e merece ser tratado com dignidade… Onde já se viu negar-lhe água limpa?
Recentemente presenciei algo que jamais esquecerei: um pobre equino puxando uma carroça aproximou-se do bebedouro que fica bem em frente à antiga Estação Ferroviária, mas não conseguiu saciar a sua sede! Judiação! O que havia ali poderia ser chamado de qualquer coisa, menos de água! Era um lodo verdolengo, salpicado de insetos defuntados, pedaços de folhas, detritos vários, uma coisa asquerosa! O pobrezinho afastou-se humildemente, subiu trotando a Paulo Ferraz e seguiu pela Alfredo Maia com sede e, pra aumentar a desgraceira, fazia um Sol dos quintos! Indignado, escrevi a crônica “Em defesa do cavalo”, relatando essa tristeza.
Pensando bem, que cidade é esta que nega água limpa a um animal tão nobre? E justamente ela que tem uma grande dívida para com os destemidos muares, que vieram, lá de longe, trazendo os tropeiros e histórias tantas!
Mas ao que tudo indica essa tragédia logo, logo será coisa do passado: graças à vigilância e trabalho da “Coordenadoria do Controle de Zoonoses”, os bebedouros serão desativados e os carroceiros levarão consigo um balde d’água! Que coisa linda! Espera-se que os nobres condutores cumpram com fidalguia essa sábia decisão. Afinal, os cavalos garantem o seu pão de cada dia!
Já está no Diário Oficial do município, mas acho que a Prefeitura nem precisava avisar os moradores… Duvido que alguém negue um pouco d’água pra saciar a sede de um obreiro tão distinto!
Palmas para os ativistas da Coordenadoria do Controle de Zoonoses!