Leio pela imprensa escrita que a Inglaterra (e todo o Reino Unido) o governo parlamentarista já está pensando, gradativamente, bem aos poucos, em voltar a chamada “normalidade”, muito castigada pela pandemia do coronavírus, no inicio dessa, houve a indecisão do primeiro ministro, que, não acreditou nela, mas que “caiu” na real e começou a agir rapidamente como: com restrição da circulação de pessoas, proibição de que alguns estrangeiros chegassem até lá e tudo mais. Foi um dos primeiros países a iniciar (rapidamente) a vacinação. E os resultados de tudo isso estão sendo favoráveis. Tanto que o Governo já está planejando em “abrir” novamente todas as atividades que estão fechadas.
Por exemplo: a volta dos frequentadores nos estádios de futebol (e não só 20% ou 30% como acontece atualmente). Nem que os torcedores usem máscaras. E que volte a vibração que o esporte (futebol) proporciona com os eletrizantes lances dos clubes esportivos de lá, onde se joga hoje o melhor futebol do mundo. Nós, que, acompanhamos desde o ano passado, pelo rádio e televisão os jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol, o “Brasileirão”, pudemos sentir a enorme falta que as torcidas presentes nos estádios fazem. Mesmo naquele Estados onde os estádios podem receber uma torcida única por jogo, como em São Paulo, mesmo nesse quesito parcial o espetáculo fica sempre muito mais emocionante. E mais ainda quando vemos via televisão no Maracanã carioca as duas torcidas rivais juntas, agitando bandeiras e mais bandeiras com as cores dos clubes (lá pode, em São Paulo não). Quando será que, aqui no Brasil, o povo voltará a frequentar estádios? Se dependermos da vacinação, ainda vai demorar, não pelo esforço dos (valorosos) trabalhadores da saúde, mas sim pelo fracasso do atual Governo Federal em negociar as desejadas vacinas com os laboratórios mundiais. O Brasil é um exemplo para o mundo da vacinação em massa, mas não há o suficiente. Vai levar (muito!) tempo.
E no setor artístico? Por exemplos: nos programas televisivos que necessitam de espectadores ao vivo, num momento quando o auditório é também protagonista, como no caso do programa do Faustão (Fausto Silva), domingo à noite na TV Globo? Mesmo com todo o esforço do veterano animador aquele auditório virtual (cada telespectador participando do programa, mas cada um em sua casa) não anima muito o “show”. Mesmo na época pré pandemia quando os participantes da plateia eram mais ou menos automatizados, aplaudiam em uníssono (coletivamente) quando o animador mandava, riam só quando o Faustão pedia e só cantavam com os cantores quando solicitados. Seus movimentos da plateia eram totalmente regidos pelo apresentador. Não haviam nenhuma espontaneidade nos presentes. Mesmo assim (mesmo assim) estes grupos de participantes fazem falta pois são “gente de carne e osso”.
E os teatros, os grandes prejudicados pela pandemia? Grupos itapetininganos que, sábados ou domingos, iam para São Paulo, para isso, deixaram de fazê-lo. E o pessoal da “terceira idade” (os chamados idosos) sente uma falta enorme para subir nos ônibus e darem uma volta nas estações climáticas de São Paulo e Minas Gerais principalmente. E os passeios pelos shoppings paulistano para algumas compras, almoços, e ver o movimento, além dom teatro. Como faz falta! Mesmo que os espetáculos não fossem tão bons, o que era importante era o ritual de ir.
Dias viram que tudo isso voltará ao “normal”. Mas, quando? Ainda em 2021? Só o tempo (que algum chamam de “senhor da razão”) dirá.