José Silvério é ateu. Não é ateu prático, isto é, aquele que vive como se Deus não existisse. Há muitos na igreja. É dogmático, pois procura argumentos na Filosofia e Ciência para afirmar que Deus não existe. Aprendi com o meu pai a respeitar as ideias dos outros, porém, quando ele veio conversar comigo, usei os argumentos tomistas para defender a tese de que Deus existe e ele, Deus, é a necessidade das necessidades, como disse Rui Barbosa.
A Bíblia não procura provar a existência de Deus e trata do assunto como se o ateismo não existisse. Moisés, o cronista da criação, inicia o seu livro, dizendo: -“No princípio criou Deus os céus e a terra”. “No princípio” é um adjunto adverbial de tempo. O tempo existe para nós, mas não para Deus. Ele é eterno. O verbo criar no hebraico é “bará” e só é aplicado a Deus, uma vez que o homem não tem o poder de criar. O ser humano transforma a matéria em objetos úteis, porém não cria. Só o Eterno tem esse poder.
– Há, no entanto, provas metafísicas e morais da existência de Deus, disse eu para o José. As provas metafísicas são: A existência da vida. Como explicar a existência da vida sem a intervenção de um poder superior às forças da matéria? A existência da ordem. Há, no universo, quer no seu conjunto ou nas suas fontes uma coordenação harmoniosa e perfeita de meios e de fins, logo é necessário que haja um ordenador perfeito e de uma causa infinitamente sábia que é Deus; A existência do movimento supõe um impulso inicial que só poderia ter sido dado por Deus. A Terra, por exemplo, tem dois movimentos: translação e rotação; A existência do mundo. O mundo é contingente e não pode por si mesmo existir, logo só existe pela ação de um Criador incriado, eterno e necessário, que é Deus.
Além de tudo isso, há as provas morais, tais como: As aspirações da alma humana, isto é, o sentimento religioso que existe em todas as criaturas humanas e aparece com um relevo mais acentuado nas almas mais puras, inteligentes, livre; O princípio do mérito e do demérito existe e o nosso espírito o concebe como complemento necessário do princípio do dever que não constitui apenas num fato intelectual, mas a garantia absoluta duma sanção perfeita, adequada à lei moral, isto é, de Deus.
Citei outras provas, mas ele se mostrou tão incrédulo a tudo e a todos que resolvi me calar. Depois que ele foi embora, tomei a Bíblia e li: “Disse o………..no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia alguém que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: Não há quem faça o bem, não há sequer um.( Sal.14) (Complete o espaço acima.) Será que há muitos ateus, como o José?
Será que há muitos ateus, como o José, na nossa terra?
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