Falemos agora das vozes da noite

Alberto Isaac

A insônia segundo médicos é um estado patológico, provocado por angustia e preocupação torturantes, como o uso do álcool e algumas delícias consumidas durante o dia.

Acontece, independentemente daquelas possíveis causas, com várias pessoas e muitas estão propensas a acordar e não dormir mais.

Muitos ainda, hoje com idade um pouco mais avançada, como eu e insones, lembram-se das noites em que passavam acordados até o raiar do dia. São frequentemente despertados em alta noite e perdem completamente o sono.

E nesta oportunidade aprendiam a desvendar, e distinguir as vozes das noites itapetininganas, quase música, que encantavam por sua diversidade.

Elas eram muitas. As mais próximas e regulares da própria casa, o borbulhar da caixa d’água enchendo, o estalar das travas de madeira, o murmúrio das folhas que o vento varria quando haviam árvores no quintal ou em frente, na rua.

Também vinham de perto os apitos do guarda noturno, contratado pelas famílias residentes em determinadas áreas da cidade. Eles também zelavam pela tranquilidade dos muitos que placidamente dormiam.

Procedentes de muito mais longe, do pátio da Estação ferroviária, vinham nitidamente as vozes das locomotivas, oriundos da capital paulista para o sul do país, ou vice-versa. Na madrugada silenciosa ouvia-se também os sinos da velha Igreja da Matriz (hoje a Catedral), badalando os horários da madrugada.

Os automóveis na época eram mais raros e quase não se manifestavam à noite, exceto de alguns “carros de praça” (Marcondes, pai do Itaboraí; Pascale; Jurandir; “Caipira”; Flecha Verde e outros), os taxis de época, que faziam alguma “corrida” urgente.

A partir de determinadas horas, as vozes noturnas que predominavam eram originárias das viaturas de tração animal, mais frequentes à medida que a madrugada se avizinhava. Eram as vozes das carrocinhas mais leves e ligeiras dos entregadores de pão, leite ou carne.

Circulavam também à noite, carrocinhas que apanhavam o lixo colocado em frente às residências e comercio em geral. E, por fim, parte da população ouvia, periodicamente, as serenatas que os apaixonados, dedicavam às respectivas namoradas, antes do cantar do galo, anunciando o novo dia.

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