Na última sexta-feira, vinte e nove, Brasília engalanou-se para o evento da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, no lugar da ministra Rosa Weber que completava a idade limite para exercer função na Casa das Leis, setenta e cinco anos de idade.
O evento foi solene, coberto por todas as mídias, principalmente depois do ataque dos participantes do oito de janeiro naquele lugar. Todos os importantes da Capital Federal compareceram a partir do presidente eleito democraticamente, Luís Inácio Lula da Silva, usando máscara. Nada contra a ameaça da Covid e sim para proteger-se a favor de uma operação no quadril, a ser efetuada no dia seguinte.
A posse do ministro Barroso talvez tenha servido para apaziguar as atuais desavenças entre o próprio Supremo e o Congresso Nacional (Câmara e Senado Federal). O Congresso, através de seus presidentes do Senado e Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respectivamente, está se sentindo incomodado com a primazia do S.T.F. em assuntos pendentes, como o aborto por exemplo e que agora (só agora) “descobriram” que era um assunto que o Poder Legislativo poderia resolver. Mas não estava resolvendo e agora não aceita a decisão que o Supremo tomou nesta questão. E outros assuntos que as sandices antidemocráticas que o malfadado governo Bolsonaro deixou.
Esta briga entre o Supremo e o Congresso parece que vai continuar. Fazia muito tempo que não sentíamos ministros tão coesos, tão ligados e unidos em decisões prioritárias. A não ser um ou dois (e vocês sabem quem são), os ministros tomam decisões unânimes e progressistas, diferente de um Congresso (principalmente a Câmara) conservador em todos os seus setores.
Mesmo os deputados e senadores da situação (pró governo) são em menor número. Nestes últimos anos (ou décadas), os ministros do S.T.F. tiveram que tomar decisões cruciais para o país diante da inércia do Legislativo (sem contar o tempo da inércia bolsonarista).
Tempos atrás, ninguém (que acompanha o processo político brasileiro) iria pensar que a posse de um novo presidente do Supremo iria ocupar o noticiário por semanas na mídia. As coisas mudam. Bom para a democracia.
Impossível na cerimônia da posse não registrar a majestosa presença da cantora Maria Bethânia entoando o Hino Nacional e interpretando a (belíssima) canção de Chico Buarque “Todo o sentimento”.
Se fato é foto…
O casal itapetingano Theodoro Anastasiades, o Grego (empresário), e sua esposa Regina Abrao (professora aposentada) em Arraial d’Ajuda na Bahia. Foto – Arquivo Pessoal