Frenesi

Em 1955 haviam quatro cinemas aqui em Itapetininga. Não havia ainda a retransmissão televisiva, por tanto as únicas imagens movimentadas que víamos nessa urber eram as dos filmes. O Olana (depois Cine Itapetininga) na Monsenhor Soares em frente ao Clube Recreativo e que fechou suas portas (o cinema, em 2003); o São Pedro na Campos Salles; o São José (depois Palace), na rua Venâncio Ayres e o Aparecida do Sul, na Coronel Pedro Dias Baptistas (onde depois funcionou a Fabrica de Roupas “Magister”). Nesse último, a introdução do Cinema’s Cope uma tela estreita e ampla que possibilitava uma visão maior do espectador com um som bem mais potente, barulhento até e lá os filmes em cartaz duravam uma semana (ou até mais).

Numa cidade com uma população que beirava 50 mil habitantes, alguns filmes no Cine Aparecida do Sul ficavam um tempo enorme em exibição. Em maio de 1955, o hollywoodiano e bíblico “O Manto Sagrado” (que até hoje passa nos telecines, principalmente na Semana Santa), com os atores ingleses Richard Burton, Jean Simmons e o norte-americano Victor Macture chegou a ficar quinze dias em exibição, vindo gente de cidades vizinhas para assisti-lo. Uma barbaridade!

Na década de sessenta, parece que, após o golpe civil-militar de 1964, o Cine São José dá lugar a o Cine Palace na rua Venâncio Ayres, com sala reformada, exigência de paletó e gravata para os homens na entrada, coisa e tal. Transformou-se num cinema “chic”. Naquele tempo ir ao cinema aqui em Itapetininga era quase uma obrigação social. No Cine Olana, a primeira sessão aos domingos (exatamente às 19:15 da noite) era uma assinatura de ponto “da então sociedade itapetiningana”. A pessoa ia para ver e para serem vistas. O filme da tela não era (ou nada) importante. Simplesmente, ia-se a sala de exibição, principalmente aos domingos a primeira sessão eram um desfile de elegância (e beleza!). Os melhores vestidos e os ternos bem cortados. Lembro-me de uma música, um bolero (lindo!) mexicano, denominado “Frenesi” que era tocado no alto falante em interno da sala de espera do Cine São José antes do inicio da sessão. Bastava ouvir o som do “bolerão” que homens e algumas mulheres jogavam o cigarro entravam na sala principal para assistir o grande espetáculo de som e imagem movimentada.

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