Gilberto Tumscitz Braga, o Gilberto Braga, um dos maiores novelistas da televisão brasileira de todos os tempos, morreu nesta última terça-feira 27/10 aos 75 anos de idade de infecção generalizada.
O autor inovou o modo de se escrever novela, séries e minisséries, com o seu jeito muito peculiar de contar histórias, que na sua grande maioria passava-se na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro e praticamente todas gravadas pela Rede Globo. Suas telenovelas faziam tanto sucesso que eram responsáveis por lançar modas, costumes e tendencia em todo o país. Dancin Days (1978) com a estonteante Sonia Braga fez a cabeça, a vestimenta e os passos dançantes de toda uma época, a “febre” das discotecas em todo o Brasil não teriam o mesmo impacto sem “Dancin Days” e a música tema de abertura composta por Nelson Mota que tem o mesmo título, fez um imenso sucesso na voz das “Frenéticas” e até hoje ainda faz. Quem nunca dançou no embalo da letra: “Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nesta festa”
Em seguida Gilberto Braga emendou um sucesso atrás de outro, vale ressaltar que na época existiam pouquíssimos canais de televisão e as novelas batiam a média de 80 pontos no pico da audiência, chegando muitas vezes a 100 pontos no Ibope. E o novelista escrevias sobre diversos temas., desde atuais até históricos como foi o caso do estrondoso sucesso no mundo todo, a novela “Escrava Isaura” (1976) com a Lucélia Santos no papel principal. Foi uma das novelas mais vendidas para o exterior, cerca de 150 países assistiriam à trama adaptada do romance de Bernardo Guimarães.
Nestas novelas citadas eu ainda era muito novinho, nasci em 1976, mas 10 anos depois me lembro nitidamente da lindíssima minissérie “Anos Dourados” com Malu Mader e Felipe Camargo nos papéis principais, ainda bem novinhos! Ambos estreando praticamente no mundo televisivo. A minissérie relatava sobre o período mais rico do nosso país tanto na economia quanto na política, costumes, futebol musica e cultura, os chamados “Anos JK” (1956-1961), uma referência ao presidente Juscelino Kubitschek e por isso que são considerados os “Anos Dourados”. E com uma das músicas temas mais lindas de todos os tempos composta por nada mais nada menos que a dupla Tom Jobim e Chico Buarque
Logo depois em 1988 outro marco para teledramaturgia brasileira, a clássica, icônica e profética “Vale Tudo” que tinha como música de abertura “Brasil” de Cazuza, na voz cristalina de Gal Costa, que 33 anos depois continua cada vez mais atual, principalmente neste governo desastroso que está no poder, “Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim…” diz o genial poeta Cazuza. Quem na época não se lembra da enigmática morte de Odete Roitman interpretada brilhantemente por Beatriz Segal, o Brasil todo se perguntava: “Quem Matou Odete Roitman?” e banana dada ao nosso Brasil, gesticulada por Reginaldo Faria que fazia o papel de um inescrupuloso e corrupto empresário, que podemos claramente fazer uma alusão aos “Paulos Guedes da vida” com suas offshores mundo afora. Mas a minissérie que mais me marcos, mudou minha concepção de entender a história brasileira foi a “Anos Rebeldes” (1992) sobre a brutal ditadura militar (1964-1985) com Malu Mader, Cassio Gabos mendes, sob a direção de Denis Carvalho, e que tenho toda ela gravada em fitas VHS.
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