Há, de fato, relacionamento cordial e afetivo entre itapetininganos?
Pequena e interessante matéria – que chama a atenção de todos – é divulgada diariamente na nossa TV-TEM. Trata-se, em resumo, de pessoas de idade variadas que se reúnem frente a uma casa em pleno centro de Quadra, pequeno município próximo a cidade de Tatuí.
Sentados, com idades diversas, trocam idéias, riem desbragadamente, enquanto crianças no entorno brincam ou ouvem atenciosamente as palavras jogadas ao léu. Uma forma de reunião, ao “cair da tarde”, indo por vezes, até o início da madrugada, segundo declaração de um habitante entrevistado pelo repórter da emissora. Diz também que todos que ali passam, param para conversar ou ouvir as últimas novidades.
Costume, ou hábito arraigado, era também comum em Itapetininga, onde moradores compartilhavam-se em aglomerado nas calçadas frente às residências. Tanto no centro como na periferia, tornou-se comum a cavaqueira, ou prolongada conversa entre vizinhos e conhecidos. Uma união quase fraternal, onde todos se postavam gentil cavalheiresco e também feliz, como assegura Luciana Matelli, residente na Vila Palmira e que tem por hábito sadio interagir agradavelmente com todos vizinhos.
Praticamente esta maneira de agir está passando ou já passou e, com o decorrer do tempo, possivelmente deverá se findar. De qualquer forma, aqui nesta esfera que chamamos terra, milhões de pessoas desconhecidas uma das outras se encontram todos os dias. Elas vêem o seu derredor cheio de vultos e o ouvem com todos seus variados ruídos e não percebem que o espaço estando tão cheio, esteja tão vazio. Não ouvem, como provavelmente não ouviram, se estivessem no deserto, o uivo ou o rosnar do chacal.
Por medo dos dias atuais ou por se assustar com o afeto, os homens e mulheres que se cruzam em todos os minutos nos trilhos das grandes cidades, não se abraçam, não contam uns aos outros tudo que da vida se recordam, não confidenciam suas esperanças, não revelam confiança. Não entendem que sua presença no mundo é tão fugaz que é inútil leva-la a sério, e mais inútil ainda não leva-la a sério.
Somos companheiros uns dos outros, na enfermidade da vida, e na solidão dos caminhos. No dia em que nos dermos conta do privilégio fabuloso da vida e da inexorabilidade da morte, talvez sejamos capazes de abraçar aquelas pessoas que caminham ao nosso lado e lhes dizer de nossas memórias, da aurora e do meio-dia, com as quais pensamos fazer a bagagem para o crepúsculo.
O problema é que nunca nos damos conta de que a pessoa ao lado é nossa companheira na aventura comum da vida.
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