É um termo em inglês que significa maios ou menos o seguinte (de forma ampla): crianças e jovens não precisarão ir às escolas para aprenderem. O ensino poderá ser feito em casa dirigido pelos próprios pais ou responsáveis. É um projeto que tramita na Câmara Federal, em discussão (e que até poderá ser aprovado). Pelo menos na Câmara Federal, no Senado, não. Num país deprimido como o Brasil de hoje, um assunto educacional deste toma muito tempo dos deputados federais. Segundo comentaristas sobre educação brasileira, o projeto é um “absurdo dos absurdos”. São tantas as razões para chamá-lo assim. Tantas. Primeiramente: os pais destes alunos que receberão ensino em casa são profissionais do saber? Possivelmente não.
E se forem, saberão dividir o tempo para ensinar todas as disciplinas para seus filhos? Haverá ajustamento dos conteúdos e tempo para desenvolve-los? E se o ritual for: hoje não vai haver tempo, deixem para amanhã. Haverá a sequência escolas? Mesmo que haja avaliações trimestrais feitas pelos departamentos profissionais de educação, é quase impossível que os vários conteúdos sejam assimilados.
Evidentemente é um projeto para a classe média alta, onde alguns pais consideram que a escola não é um local para a formação ideal para seus filhos. Mesmo as particulares. É bom não esquecer que neste atual Governo Federal houve até um ministro da educação que no início do seu desgoverno cortou verbas para as universidades federais alegando que as mesmas com algumas exceções era um local onde se aprendia o ateísmo, comunismo e praticava o amor livre. Quanto menos aprendizagem melhor. O ideal seriam as universidades religiosas. Daí a pergunta: por que a Câmara perdeu tempo com essas discussões que não levam a nada? Por que não discutir o ensino brasileiro, principalmente o público (onde alguns Estados como São Paulo insistem ainda na malgrada “promoção automática” que tanto prejudica e prejudicou o ensino brasileiro. “Se eu sou promovido sem estudar, por que eu vou me matar?” Geralmente o jovem é imediatista e não pensa muito no futuro. Logo, na minha opinião o sistema estadual de ensino público paulista não prepara para a vida, para o amanhã. O educando sai da escola mal sabendo os conteúdos mínimos. Daí, se quiser fazer um curso superior mais difícil e competitivo, terá que fazer dois ou três anos de cursinho. Bons tempos aqueles quando um aluno do terceiro ano científico do “Peixoto Gomide” era aprovado em vestibulares complicados como química, física, matemática, biologia, na faculdade de filosofia, ciências e letras da Universidade de São Paulo na rua Maria Antônia, Consolação, em São Paulo. Isto na década de 1950, principalmente no seu início. Isto com apenas dois ou três meses de cursinho e às vezes nem isso.
Voltemos, portanto, ao malfadado projeto “homeschooling”. Como pode uma criança ficar sem a socialização proporcionada pela escola? E o contato com as outras? E a vivência cultural proporcionada na passagem de uma série para outra? E o enriquecimento cultural proporcionada pela convivência em sala de aula? Há centenas de razões pedagógicas contra o homeschooling. Esperamos que Senado Federal barre o malfadado projeto.
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