Embora tenham passado décadas da paralisação de atividades, muitos itapetininganos ainda se lembram com saudades da antiga Fiação Dona Rosa, instalada na década de 1940 na rua Virgílio de Rezende e que auxiliou substancialmente o desenvolvimento do município.
Transferida em 1973 para Jundiaí incorporou-se à fabrica São Bento, daquela cidade, provocando, entre outros problemas o desemprego, na época, de mais de 200 trabalhadores deste município. Naquela oportunidade ela havia iniciado a exportação de tecidos de algodão para o Canadá e posteriormente, após negociações, conquistou o mercado dos Estados Unidos e África do Sul, nesse setor. No ramo de fronhas e lençóis, concorreu com êxito no mercado da Alemanha Ocidental.
A luta de um empresário – Foi no longínquo 1946, que Osvaldo Viana, carioca que possuía em Itapetininga Unia usina de beneficiar algodão, decidiu instalar uma fiação nesta cidade, aproveitando a matéria prima na região e as máquinas montadas em Araraquara e em São Mamede, na Paraíba.
Mesmo com a gritante falta de energia elétrica – um atraso para o municipio – instalou em 1948 a seção de tecelagem, sentindo que o campo era promissor e oferecia ótimas perspectivas. Em 1953, quando a crise de energia em Itapetininga atingiu ponto alto, Osvaldo Viana importou do Japão moderna maquinaria de fiação e tecelagem, instalando, paralelamente, dois motores diesel para suprir a enorme deficiência de energia. Seus produtos já atingiam mercados das, grandes capitais do Brasil. A partir de 1966, inicia-se a fase de expansão, tanto no setor de produção como no de assistência aos operários.
Um capítulo aos operários – Na ocasião, o superintendente costumava afirmar em alto e bom tom que o êxito do empreendimento se devia, em grande parte, aos seus quase 400 funcionários e operários. Dedicados e cônscios de suas obrigações trabalhavam com empenho em suas tarefas, muito embora não fossem especializados. Mas, com ênfase, sempre proclamava, argumentando: “são de fácil compreensão e com grande vontade de aprender as mais modernas técnicas do setor industrial. Por isso, a indústria nunca teve problemas com questões trabalhistas e mesmo durante a fase anterior a 64, jamais houve uma perturbação sindical ou movimento dessa natureza”. Para comprovar os fatos, ainda são testemunhas oculares da Fiação e Tecelagem Dona Rosa ex-funcionários que residem até hoje na cidade: Alceu, Marcolino, Milton Vieira, Milton Válio, Mendes e outros.
Uma grande preocupação – Na oportunidade, as autoridades de Itapetininga mostraram-se bastante preocupada com a transferência da indústria e, principalmente, corno perigo de desemprego em massa para os trabalhadores, que após, foram indenizados convenientemente.
A então conhecida Fiarosa, que inclusive absorvia toda produção algodoeira da regiao e mantinha clube dedicado aos funcionários, recebeu na década de 70 a visita do Ministro do Planejamento João dos Reis Velozo que inaugurou quadra esportiva, contendo campos de vôlei, basquete, futebol de salão e piscina em área localizada na Avenida Francisco Válio. Todo o prédio, logo em seguida, foi adquirido pelos irmãos Matarazzo.
Em 1975, o grupo industrial Dona Rosa – Doutor Osvaldo, Doutor Renato, inclusive Roberto Lopes da Silva – colocou em funcionamento a têxtil São Bento de Jundiaí, uma das maiores do setor do Estado. Para a concretização do empreendimento, o grupo Dona Rosa conseguiu um empréstimo de 35 milhões de cruzeiros, do Banco Nacional de Desenvolvimento.
Apesar de Itapetininga nunca ter se apresentado como perfil de município industrial, com a instalação da Fiarosa iniciou-se o desenvolvimento do parque fabril do município. As energias latentes receberam o impulso que as ativou e impulsionou na estruturação do progresso local, e que no futuro poderá conquistar posições de destaque na área estadual a que pertence.
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