Meus irmãos e amigos,
Estamos, nesta noite, celebrando o amor de vinte e cinco anos do enlace matrimonial da Berenice Alves de Amorim Lopes com Éber Costa Moreira Lopes. Enlace vem de laço, porém não foi um laço de fita, cantado por Castro Alves, o príncipe dos poetas românticos, mas feito por Deus e atado pelas três pessoas da Santíssima Trindade. Alves inicia o poema magistral, perguntando, pois não canta o amor verdadeiro, porém o amor paixão, nestes termos: “Não sabes, criança? Estou louco de amores…/ Prendi meus afetos, formosa Pepita. / Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas? / Não rias, prendi-me/ Num laço de fita”/. A fita, caros irmãos, que é de tafetá, se desfaz com o tempo, mas o enlace atado pelas mãos divinas, com as cordas do coração, jamais se desfaz, porque são eternas, como o Amor, porque Deus é Amor e é eterno, infalível, onipotente, onipresente e fiel. Mais um exemplo: Luís Vaz de Camões, pai da Língua Portuguesa, procurou, também, definir o indefinível, porém só tratou do amor paixão, quando num soneto, assim expressou: “Amor é fogo que arde sem se ver;/ é ferida que dói e não se sente;/ e por aí vai. Os historiadores afirmam que o autor dos Lusíadas não foi feliz no amor, pois o seu amor era paixão e nada mais. No final da vida, uma vez que não se casou com D. Catarina de Ataíde, dama da rainha, pela qual se apaixonou, conheceu Dinamene e amou, também apaixonadamente, porém não conseguiu salvá-la de um naufrágio, embora tenha salvado os Lusíadas, o poema épico. Depois, bem depois, disse, arrependido, colocando a culpa em Deus e suplicando a intercessão da asiática, como se um morto pudesse interceder pelos vivos. Assim se expressou o vate português: “Roga a Deus, que teus anos encurtou, /Que tão cedo de cá me leve a ver-te, /Quão cedo dos meus olhos te levou. /
Paulo, o apóstolo dos gentios, inspirado por Deus, na sua apoteose do amor, usando anáforas, diz: “ainda que eu falasse as língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine; ainda que tivesse o dom de profecia e toda fé, de maneira que transportasse os montes e não tivesse amor, nada seria; ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria” e por aí vai. Depois ele define o amor verdadeiro em confronto com o amor paixão. Diz o apóstolo, o embaixador de Cristo: “ O amor é sofredor, é benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade” e por aí vai. O amor paixão é invejoso, trata com leviandade, é soberbo, porta com indecência, é ciumento, é estuprador, é briguento, é escravizador e aproveita-se da fraqueza alheia. O amor verdadeiro provém de Deus, pois Deus é Amor e esse Amor Divino foi inculcado no ser humano, quando Deus ao criar o primeiro homem soprou nas suas narinas o fôlego da vida e com ele os atributos comunicáveis, tais como: o amor, a bondade e outros afins. Deus é Amor e aquele que não ama não conhece a Deus e nem esposa todos os atributos comunicáveis, portanto só quem ama pode manter o laço de fita do matrimônio eternamente. Parabéns! Éber e Berenice. (Homília de Bodas de Prata, 05-08-2023)
Falecidos da Semana
13 DE DEZEMBRO DE 2024 ESTELA DE ALMEIDA ESPOLAOR DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 13/12/2024 ÀS 00:38 HS EM ITAPETININGA-SP IDADE: 100 ANOS PROFISSÃO: APOSENTADA ESTADO CIVIL: VIUVA DO SR. MARIO ESPOLAOR...