Latina, latino

No meu ponto de vista, a televisão brasileira nos proporciona, musicalmente, momentos agradáveis, algumas vezes (só algumas vezes). No caso, o canal não seria nacional, mas sim, europeu (talvez francês). Foi o que aconteceu dias destes quando ao sintonizar o canal “Film&Arts”, pela Sky, número 516, deparei-me com um recital de um cantor, tenor no quesito voz, acompanhado de um conjunto de violonistas, sopros e piano diante de uma plateia que lotava a enorme Opera de Viana (Wiener Staastsoper) na Áustria, em VT 2019. A elegante plateia era típica de frequentadores de opera. Mas, notei que o também elegante tenor estava com vestimenta comum usando um terno azul muito bem cortado. O conjunto que o acompanhava (excelentes músicos) nem isso. Sem paletó mas com camisas longas. Tudo muito espontâneo.

Pensei, que opera que ele estava cantando? Aumentei o volume do receptor e notei que era uma canção clássica popular mexicana, “Paloma criste” (cucurucucu, Paloma…) seu nome Juan Diego Florez, nascido no Peru, América do Sul que “soltava” seu vozeirão. Levei um susto. Quem seria esse cantor que emocionava (pelos semblantes dos espectadores) os frequentadores finos da Opera de Viana cantando música (tem!) popular? Pelas próprias palavras dele fui percebendo que o tenor peruano era bastante conhecido (e famoso!) pela plateia europeia, como protagonista de opera.

Mas, agora o moço apresentava canções da América Latina, algumas muito conhecidas (para nós, brasileiros certa idade) e outras não. Algumas delas, peruanas, colombianas, equatorianas, todas lindas. E por que Juan Diego Florez não é muito conhecido no Brasil? Não pela grande “mídia” por exemplo. Temos que aguentar algumas babaquices musicais do rock, funk e “sofrência” nacionais que invadem a televisão brasileira, que já foi de alto nível cultural relacionado com a música. É só lembrar os festivais de MPB da TV Record de São Paulo, na década de 1960.
Voltemos à Juan Diego Florez. O artista já ganhou dezenas de prêmios Grammy, abriu com seu canto a recente Copa do Mundo de Futebol de 2018, na Praça Vermelha, em Moscou, Rússia, e atuar em importantes salas deste mundo como o Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, USA e Teatro Scala de Milão, Itália, como exemplo. Mas, nesse recital de 2019 apresentado pelo canal pago Film&Arts, só populares e latinas. Juan Diego foi conquistando a plateia austríaca e no final, muito ovacionado. A plateia deveria ter alguma dificuldade com a língua castelhana mas ouviu o cantor em silêncio total. Entre as mais conhecidas, Juan Diego Florez interpretou “Beija-me mucho”, “El dia que me quieras”, “Contigo en la distancia”, o tango de gardel “Volver”, a cubana “Guantananera” e a brasileira “Aquarela do Brasil”.

É lógico, que, ao ouvi-lo, lembramos das deliciosas noites dançantes do Clube Venâncio Ayres e do Clube Recreativo Itapetiningano e, em um ou outro ao som da Orquestra Pan América do maestro Edil Lisboa, nas décadas de 1950 e 1960. E se você quiser ver e ouvir o tenor, acione o Google com o seu nome (o cantor). Será um prazer, com certeza.

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