Lógica, parte introdutória da Filosofia

Falar de improviso é difícil. Há muitos erros e, às vezes, gafe. No dia dez de mil novecentos e noventa e sete, um religioso da igreja estatal, sendo entrevistado pela Folha, com referência a pintura de sua igreja, disse: “Minha igreja ficou um tesão”. Na mesma época e na mesma data, a loira do “Tchan”, afirmou: Eu a uso para ganhar meu dinheiro. É a minha melhor parte”. (Ela se referia ao seu “bumbum”. No mês de março de dois mil e vinte e três, ouvi um Pr. Reformado, que está sempre reformando, colocar nos lábios de Cristo esta frase, corrigindo os seus discípulos, quando se referiam a unção de Jesus feita por Maria de Betânia: “Não encham o seu “saco”, ela fez o que podia para mim”. Que sacrilégio! É verdade que a palavra em epigrafe se tornou numa gíria e significa amolação, chatice, enfado. Usar, no entanto, no púlpito, não fica bem para quem recebeu o título de Reverendo e Pastor. Jesus disse, citando “ipsis litteris”: Por que molestais esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo”. Cristo merece ser respeitado. Um Presidente da República, no ano de dois mil e nove, asseverou que não é por falta de tempo que não lê blogs, sites, jornais ou revistas, mas porque tem “problema de azia”. Já ouvi um Pr. Presbiteriano afirmar que quando Saulo ia se aproximando de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo do cavalo, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? ” O texto sagrado não afirma que Saulo caiu do cavalo, mas “caindo por terra ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? ”
Deixemos os erros dos homens e apelemos para a Lógica, parte da Filosofia, isto é, a ciência das leis ideais do pensamento, e a arte de aplicá-las corretamente à procura e a demonstração da verdade. Na Lógica Material, que é a parte que considera a matéria do conhecimento e determina as vias a seguir para chegar segura e rapidamente à verdade, na parte que se refere ao erro, ensina que o erro tem causas lógicas e morais. As lógicas são: Falta de memória, falta de penetração, falta de atenção. Quanto as causas morais são: a vaidade, pela qual confiamos em demasia nas nossas luzes pessoais; o interesse, pela qual preferimos as asserções as quais são favoráveis e a preguiça, pela qual recusamos a informação e o trabalho de pesquisa.
Como nem tudo é Filosofia, Jesus, o Mestre dos mestres, numa linguagem simples e singular, afirmou: “Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus”. Quem lê as Escrituras? A Escritura Sagrada, que é conhecida como Bíblia Sagrada, é enfeite nas casas de muitos cristãos e, às vezes, não passa de um objeto para atrair bons eflúvios, isto é, um amuleto. Aparece sempre aberta no salmo noventa e um. A Bíblia, no entanto, é para ser lida, estudada, decorada e vivida. Deus é onipotente e aquilo que é impossível aos homens é possível ao Eterno. Deus dirige e mantém tudo no Universo.
Portanto, Tiago, no seu livro, provando que o justificado pela fé só a demonstra pelas obras, disse: “Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear, também, todo o corpo”. (Tiago 3:2)
(Aula pratica de Filosofia) Estude Filosofia.