Poucos confessam, mas grande parte dos poderosos, em todo o mundo, possui o desejo oculto de liquidar jornais, revistas, rádios e emissoras de TV, que veiculam informações e artigos que pouco elogiam desempenhos e administrações.
Políticos costumam temer apenas as decisões judiciais e a opinião pública. São fatores que fogem ao âmbito dos reinados e imbecis submetimentos dos entornos.
A domesticação do Judiciário não é fácil, requerendo mandatos continuados e Legislativo dócil. Como as primeiras instâncias são supridas por concursos públicos, o aparelhamento é iniciado pelos colegiados, supridos por nomeações.
Estudiosos recomendam a criação de tribunais internacionais, para evitar que direitos humanos e seguranças jurídicas fiquem submetidos a governos exóticos e ditatoriais.
O controle da mídia, em verdade, só pode ser eficaz com a implantação da censura, palavrinha mágica que causa arrepios generalizados. Para evitá-la, governos e poderosos percorrem caminhos sinuosos, com nomes enigmáticos, como “regulamentação”, e expedientes nada éticos.
O direcionamento de recursos públicos a mídias domesticadas ou domesticáveis, a título de veiculação de informações de interesse público, é prática odiosa, pois envolve o controle da informação pelo sufocamento econômico e financeiro. Na Venezuela, uma das formas de coação da mídia impressa é feita quando da disponibilização de papel.
Pequenas mídias, não raro, são intimidadas por processos judiciais, que demandam custos de enfrentamento e envolvem incertezas estressantes. Podem, ainda, ser intimidadas pelo incentivo e suporte financeiro, quase subsídio, a mídias concorrentes.
O advento da mídia eletrônica, virtual, dificultou o controle da informação, pela multiplicidade das fontes, instantaneidade da notícia e capilaridade da veiculação.
Nosso ordenamento jurídico preceitua a liberdade, com responsabilidade. Todos somos livres para a veiculação de notícias e opiniões, respondendo, cada um, pelos excessos que praticar. Existe, ainda, o direito de resposta, no mesmo veículo e igual destaque, rotineiramente assentido pela Justiça, quando devido.
Quanto mais educado e informado o povo, menor o potencial de danos das mídias sensacionalistas e desinformadoras. A multiplicidade de mídias realça a tendenciosidade de uma ou outra, isoladamente.
Importante, na premiação mercadológica dos veículos, a atuação de anunciantes e leitores, que tendem ao esvaziamento de mídias pouco acreditadas ou ideológicamente aparelhadas.
Queiram ou não governos e poderosos, a mídia existe e segue fortalecida, preservando-nos o direito à informação e manifestação. Tentar sufocá-la é indicativo de prurido ditatorial e inconformismo com as liberdades e prerrogativas humanas.
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