Célebre foi a sentimental música, de autoria de Sergio Bitencourt, denominada “Naquela Mesa”, explicitando a ausência de seu paio, o admirável músico Jacob do Bandolin, que havia falecido há pouco tempo.
“Naquele Mesa está faltando ele”, em magistral e inesquecível interpretação de Nelson Gonçalves, sempre provoca sentidas emoções a todos que ouvem enternecidos a canção.
Mas noutras épocas, em Itapetininga, tinha alguém que “daquela mesa nunca faltou”. Era na mesa da salão de jogos de “sinuca”, que um personagem se realçava com sobranceria Isto em razão de ser considerado um dos maiores jogadores de snooker da região e em todo o estado de São Paulo.
Plínio Fontes, um atleta completo, pois craque no futebol e no basquete, se destacava como invejável jogador de sinuca. Presença obrigatória e atração de quase toda a comunidade local, nunca deixou vazia a mesa onde disputava a tão costumeira partida daquele jogo de salão, pertencente a Romão Viana, na movimentada José Bonifácio.
O salão, bem iluminado, com seis mesas, sempre ocupado, era uma das atrações principais dos jovens e adultos, naquele logradouro, higiênico e decorado. E dentre as centenas de jogadores era ele quem se destacava. No tênis, esporte que também não lhe fugia das mãos, tinha como seu principal companheiro de quadra o engenheiro Péricles Dávila Mendes.
Pois Plínio, jamais deixou de jogar sua sinuca, isto segundo publicação do jornal “O Estado de São Paulo”, em dezembro de 1957, elogiando e traçando considerações a seu respeito.
Em Itapetininga além do salão do Romãozinho, funcionou também, por muitos anos, o pertencente a Amador de Oliveira, então localizado na rua Monsenhor Soares.
Nestas mesmas mesas, certa vez esteve o campeão brasileiro de sinuca, Rui Chapéu, um dos maiores jogadores do mundo, que provocou grande repercussão ne toda cidade e região. Romão Viana, que foi operador cinematográfico do Cine Ideal (depois Olana), era pai dos saudosos Alcir e Moacir Viana.