Foi no tempo dos reis. Davi tinha trinta anos e estava guerreando contra os amonitas. Ficara no paço, enquanto o seu exército lutava. Passeando pelo terraço do palácio, viu uma jovem senhora, esposa de um militar, que se banhava numa piscina. Não se via a beleza do rosto, mas a beleza da silhueta do corpo desnudo era realçada pela concupiscência dos olhos do monarca.
Davi, o rei de Judá e de Israel, não se conteve e, procurou saber quem era aquela mulher. Logo que se inteirou do fato, mandou buscá-la e, com palavras melífluas, deitou-se com ela. Com sabedoria espantou o estupro, o adultério e o pecado. Dias depois, ficou sabendo que ela estava pejada. Ele era um jovem rei e ela uma jovem mulher.
Para fugir da culpa e ficar com a consciência tranqüila, mandou chamar o seu marido que estava guerreando. Deu-lhe alguns dias de folga e pediu para que ficasse com a sua esposa. Tentava, com tal bônus real, encobrir o pecado e fazer de conta que o feto não era dele, mas do militar.
Chega do campo de guerra Urias, o militar. Não era um homem que lutava por lutar, porém era um patriota, fiel a Deus e ao seu rei. Não aceitou o presente, uma vez que era um duque, como Caxias, todavia ficou calado.
O filho de Jessé quis ser mais inteligente do que o militar e enviou, através de Urias, uma carta ao comandante, exigindo que o colocasse na frente da maior força da peleja, deixando-o sem retaguarda para que morresse.
O militar não abriu a missiva, durante o trajeto, uma vez que aprendera que não se viola uma correspondência alheia. Levara, sem saber, a sua própria condenação. Urias morreu.
O Rei dos reis, no entanto, mandou ao palácio o profeta Natã, que contou uma história de injustiça social. Davi, julgando, julgou a si mesmo. Na época não se conhecia a divisão de poderes. Montesquieu só nasceu muitos anos depois. Reconheceu o erro do outro, porém não reconhecera o seu. Perguntou Davi, cheio de ira, como se fosse o homem mais santo e piedoso: – Quem é este homem que praticou tão grande injustiça?
Natã, o profeta, sem medo e com a autoridade que Deus lhe dera, respondeu: Tu és este homem.
Por fim, diante de tudo isso, Deus que é amor e justiça, disse a Davi, através do profeta: “Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te sejas por mulher.”
Davi desprezou o mandamento: “Não adulterarás”.
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