Após o (merecido) sono da tarde no domingo, 8 de janeiro, liguei a televisão para saber das últimas notícias do Brasil e mundo. Geralmente domingo é um dia fraco politicamente, nada acontece de especial pois o noticiário repete os palpitantes assuntos da semana. Não foi o que parece. Coloquei na GloboNews e vi uma multidão (quatro ou cinco mil pessoas, segundo depois o noticiário) subindo uma rampa parecendo invadir um daqueles prédios criados pelo gênio de Oscar Niemeyer. Parecia ser o Supremo Tribunal Federal.
No momento pensei que a cena era do documentário “Nove presidentes e uma Constituição” de Carla Camurati, exibido em quatro edições naquela mesma semana, na TV Globo, como se fosse uma micro-série contando tudo o que aconteceu após o final do período do golpe militar e a promulgação da Carta Magna em 1988, o martírio do primeiro presidente civil Tancredo Neves até a posse do novo, em 2023, Luiz Inácio Lula da Silva.
Tudo parecia ser. Mas não. Era uma outra realidade que levei alguns minutos para entender. Uma multidão parecendo uma turba, grande parte com bandeira nacional às costas, invadindo os três prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília, edifícios que representavam a pátria, além de serem monumentos nacionais. Homens e mulheres agiam desordenadamente, mas não pareciam saber o que estavam fazendo. Não empunhavam nenhum cartaz ou faixa significativas que identificavam o grande grupo. Se havia ordem (incógnita?) era: – “Quebrem tudo!”. Lembrei imediatamente de um filme do ator e diretor norte-americano Woody Allen passado numa destas “repúblicas das bananas” como a imprensa norte-americana gosta de designar alguns países da América Latina.
Senti vergonha: Poucos (pouquíssimos) homens da Polícia Militar da Capital Federal procuravam dispersar a multidão. Esta, parecia incontrolável. O motivo desta explosão de ânimo, disseram depois era o descontentamento com a perda nas eleições presidenciais de 2022, e clamavam pela intervenção militar no novo governo. Mas, intervenção militar seria golpe. Grande parte desses agitadores não viveu o período sem democracia no Brasil. Ou sabem? A revolta mostrou que ainda não existe uma normalidade para o governo eleito. Todo cuidado é pouco…
Falecidos da Semana
05 DE DEZEMBRO DE 2024 THERESA DE JESUS PROENÇA DE MOURA DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 05/12/2024 ÀS 20:00 HS EM ITAPETININGA-SP IDADE: 83 ANOS PROFISSÃO: APOSENTADA ESTADO CIVIL: VIÚVA DO SR....