O Brasil Precisa de Santos

Elizabete Botelho ficou sabendo da tristeza de Carol e do seu arrependimento. Tomou conhecimento da conversa que ela teve comigo e quis saber como aproveitar melhor o período da Quaresma. Quaresma, como o leitor já sabe, é um período de reflexão. Corresponde aos quarenta dias que Jesus passou no deserto da Judéia, preparando-se para o seu ministério. Foi tentado por Satanás, mas nas três tentativas do inimigo espiritual da alma humana, conseguiu se safar, usando a Bíblia Sagrada, única regra de fé e prática do cristão verdadeiro. Uso a expressão “cristão verdadeiro”, pois há muitos que se dizem cristãos, mas cultuam os discípulos de Jesus, deixando o Messias de lado.
Ela perguntou: – O que é santificação?
– Bete, disse eu, respondendo, santificação é um processo da livre graça de Deus. O homem deve se aproximar de Jesus, como está. Confesso que nessa hora eu me lembrei de um hino cantado pelos presbiterianos e outros reformados, que assim começa: “Jesus, Senhor, me achego a ti./ Tua ira santa mereci;/ O teu favor me estende aqui!/ Aceita um pecador!/ no refrão, diz: Eu venho como estou!/ Porque Jesus por mim morreu,/ Eu venho como estou.
Depois eu completei, explicando, que através da santificação nós “somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus. Habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão.” Pecado é transgredir a lei divina e é sinônimo de crime, que é a transgressão de uma lei humana.
Disse que hoje se dá ênfase em encher o templo, pregando a prosperidade dos ouvintes, curas e soluções de problemas, esquecendo de que tudo isso é fruto de uma vida consagrada e santa. Citei Paulo que disse que “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem que se corrompe, segundo as concupiscências do engano e vos renoveis no espírito do vosso entendimento e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Por fim afirmei que o nosso país precisa de santos, isto é, de pessoas que não furtem, que não falem mal dos outros, que amem o próximo e que sejam, acima de tudo, bons cidadãos. Falei que quem ama não mata, não adultera, não furta, não cobiça e jamais deixará de cultuar a Deus para cultuar os homens.
Todos os que esposam os preceitos do evangelho gozam da certeza do amor de Deus, têm paz de consciência, gozo no Espírito Santo e aumento da graça. A prosperidade é uma bênção de Deus e só podem usufruí-la aqueles que vivem com Deus e para Deus.