O encanto das formaturas nos grupos escolares

Numa das minhas gratas lembranças, eu e meus amigos estávamos no pátio da antiga Igreja da Matriz, quando a professora nos ditou normas a seguir, na vida escolar que iríamos trilhar: o curso Fundamental e depois outros estabelecimentos ou do ensino superior ou Magistério. Quem nos aconselhava era a mestra Maria Antonieta Pacheco França e conosco encontravam-se os colegas de classe, o saudoso Carlito Araújo e Alceu Ferreira (que se notabilizou como funcionário do DER e juiz de futebol). Isto foi à noite, após festa de formatura do Grupo Escolar Major Fonseca, em 1938.
Unicamente, por se tratar deste período de final e começo de ano é que voltamos a recordar as solenidades de formatura que se realizavam nos quatro principais estabelecimentos do ensino primário de Itapetininga, Major Fonseca, Adherbal de Paula Ferreira (1º grupo) , Fernando Prestes (2º grupo) e o Aplicação, da Peixoto Gomide.
Os alegres e sentimentais festejos por ocasião das aguardadas formaturas (ou entrega de diplomas), constituíam-se em satisfação geral entre os garridos alunos que terminaram o curso primário.
Os preparativos iniciavam-se a partir de outubro, ocasião em que a classe cogitava em nomear comissão encarregada de arrecadar fundos suficientes para as indispensáveis despesas e, igualmente, traçar detalhadamente o traje a ser usado, o modo de se comportar e indicar o orador da classe, além da escolha do padrinho ou paraninfo da turma.
Em perfeita comunhão e anuência total do diretor da escola (a Major tinha como diretor o professor Eurico Moura) começa então a fase prática. Uma questão levantada e logo decidida foi a de que os alunos reprovados ou ausentes das provas finais poderiam participar da formatura, a fim de que não ficassem complexados ou diminuídos perante os pais e colegas.
Até a data fixada para as festas, os alunos do 4º ano se esmeravam nos estudos, com o propósito de não serem reprovados e isso era levado a sério e com muita responsabilidade. Como sempre lembravam os alunos, saudosos irmãos Fernando e Virgilio Costa.
Inesquecível o dia em que alunos, primeiramente de manhã, compenetrados assistiam contritos à Santa Missa da Matriz oficiada pelo pároco Padre Brunetti, dirigindo as sábias palavras de incentivo aos “pequenos jovens” e a responsabilidade de cada um na nova fase da vida, e logo depois a comunhão geral dos alunos diplomados.
Um farto e saboroso café depois da Missa, era a oferenda do gentleman Godofredo Belfort, em sua residência na rua Quintino Bocaiuva, onde se encontrava a denominada Vila Palmira.
À noite, o empolgante desfecho. O diretor Eurico Moura, como em outros estabelecimentos, com a presença das altas autoridades, prefeito, delegado de ensino, comandante do 5º BC, Juiz e Promotor da Comarca e representantes eclesiásticos, compunha a Mesa Diretora e encarregava-se da entrega dos diplomas. Além dos padrinhos e paraninfo da turma, falavam o orador representando a classe, diretor do estabelecimento e a professora que dirigia o 4º ano. Tudo isso documentado no jornal da época “Tribuna Popular”, pertencente a Galvão Júnior.
Na parte lúdica, para finalizar o grande acontecimento, apresentava-se uma peça teatral, sob a orientação da professora Juliana Fabiano Alves e Dulce Salem (em início de carreira), exibição do exímio pianista Pedro Paulo Fogaça, destacando-se entre os artistas Fernando Costa, Antonio Castro, Carlos Araújo, Hélia Jordão, Lúcia Mello, Lucio Albuquerque, Linda Abdala e outros.
Acontecimentos marcantes na vida social da cidade naqueles idos em que diploma de Grupo Escolar constituía-se em valor inestimável e de grande orgulho para os familiares.

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