Todos os dias, praticamente durante quase 12 meses por ano, preocupações, ansiedade, às vezes conflitos e trabalho insano, atingem grande número de pessoas de todas as espécies.
São cidadãos, muitas vezes desprovidos de recursos suficientes para resolver dificuldades, mas sempre esperançosos e animados a prosseguir na labuta diária, sabendo, portanto, que é preciso continuar sonhando.
O conforto e um pouco de tranquilidade reside na devoção ao Criador, nas amizades daqueles que residem na mesma área, principalmente em bairros e vilas das cidades. Moradores se conhecem profundamente, e quando possível reúne auxilio e relações fraternais entre si. Sem dúvida, constitui um bálsamo e uma forte alavanca para seguir com alento a vida que desenvolvem, porque, com isso, se refestelam em alegria e solidificam o elo de afeto entre eles. Assim é que em diversas vilas dessa Itapetininga, composta das mais diversas categorias sociais, seus moradores se reúnem em festas religiosas, casamentos, aniversários ou outras comemorações, confraternizando-se e estreitando os laços amistosos.
Vive-se melhor e com intensa vontade de realizar sempre algo mais, segundo o conhecido Nelson, apelidado de Sentinela, morador na Vila Rio Branco e profundo observador dos costumes e hábitos dos itapetininganos.
São reuniões confraternizadoras que ocorrem periodicamente, mas ainda pouco visíveis e que não repercutem aos quatro cantos da cidade.
É bem possível que algumas centenas de pessoas se recordem que o saudoso professor José Gomes, festivo e acolhedor, com a colaboração de muitos vizinhos iluminava com luzes e enfeites toda área do início da Vila Rosa, onde residia e também realizava festividades nas comemorações de fins de ano. Tornou-se uma das grandes atrações turísticas de Itapetininga.
Na aprazível e hoje desenvolvida Vila Alves, Georgina Soares Raid, 64 anos, reúne nos meses de abril, julho, setembro e dezembro diversos membros da comunidade da Igreja Santo Expedito, da Vila Palmeira e proporciona substancial jantar, independente de religião, cor ou condição social. São procedentes não só da Vila Alves, como do Jardim Leonel, Vila Sonia e outros locais limítrofes.
Isto ocorre há doze anos e durante o evento aproveita-se a oportunidade para homenagear os aniversariantes daqueles meses: abril, julho, setembro e dezembro. Neste próximo domingo, dia 7, o regabofe à noite, constitui-se em um suculento churrasco acompanhado de nutritiva salada, arroz e refrigerantes, além de uma entrega de presentes no “amigo secreto”.
Todo material é doado pelos próprios participantes (caso tenham condições) e fazem parte, além de aposentados, crianças, senhoras e senhoritas.
O cenário da reunião é na própria casa de Georgina, próxima ao SESI. Ela, colaboradora assídua de São Roque, afirma ser prazeroso o ato de prestar serviços ao próximo, principalmente “aqueles destituídos de bens e necessitados, pois isto que faço atende aos princípios cristãos.” Finaliza entoando em voz baixa o saboroso samba do saudoso Agepê – “É tempo de amar, é tempo de querer, é tempo de viver é tempo de prazer”.