Mateus, o evangelista, na sua biografia de Cristo, narra o nascimento de Jesus e a visita dos magos. Ele teve por objetivo apresentar Jesus como Rei. Se o evangelista Lucas descreve a visita que a virgem recebeu do anjo Gabriel, na região da Galileia, Mateus afirma que o anjo apareceu em sonhos para José e disse-lhe: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. ” Concede a José o poder de dar o nome para o Redentor, nome que já tinha sido escolhido na eternidade.
Aparece no sonho dois nomes: José deveria dar ao menino o nome de Jesus, porque ele, o menino, salvaria o seu povo dos seus pecados. Depois, Mateus, afirma, que tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o profeta dissera que a virgem conceberia e daria à luz um filho e seria chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco.
O primeiro nome destaca a finalidade do nascimento de Cristo. Ele, Jesus, salvaria o povo de seus pecados. Emanuel, o segundo nome, profetizado por Isaías, mostra o objetivo da encarnação, que é trazer Deus aos homens para proporcionar os meios para a redenção e estabelecer a intercessão infalível para todas as criaturas. Em resumo, pode-se dizer que Jesus, que é o Deus encarnado, é o revelador de Deus-Pai, o Redentor e o Mediador dos homens.
Como Deus, Jesus, disse: “ Quem me vê a mim, vê o Pai. ” (João 14:9) disse, ainda para Filipe: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? ” As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim, faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai está em mim…” (João 14:8 a 11)
A Trindade é um mistério e é uma doutrina que deve ser aceita pela fé e ponto final.
Jesus é o Redentor dos homens e sem ele ninguém tem a salvação. Pedro, o apóstolo, disse: “Este Jesus, que é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. ” (Atos 4:!!)
Jesus é o Mediador dos homens e ninguém mais. Há muitos que oram a Deus, pedindo a intercessão de mulheres e homens santos que morreram e descansam de suas obras. Eles não têm poder, porque já morreram e não são onipotentes, oniscientes, onipresentes, como Deus. Jesus, sim, pois ele é Deus e o apóstolo Paulo exortou: “ Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem. ”
No Natal, é bom refletir nas doutrinas fundamentais do cristianismo. Não se deve substituir Jesus, que é o Deus- conosco, o Redentor e o Mediador pelas suas criaturas piedosas e santas. O profeta Isaías, inspirado por Deus, indaga: “ a favor dos vivos interrogar-se-ão aos mortos? ” (Isaías 8:19) Ele aconselha recorrer-se a Deus e não aos mortos e o único mediador é Jesus e ponto final. Jesus é Deus conosco.