O rádio brasileiro nas Copas do Mundo

A transmissão começou em 1938, um ano antes da Segunda Grande Guerra Mundial (Alemanha e Itália contra a Europa). A guerra continuou até 1945 por isso que não houve nenhuma Copa do Mundo de Futebol na década de 1940. O retorno da competição futebolística internacional aconteceu em junho – julho de 1950 realizada na então capital federal brasileira, Rio de Janeiro. Desde essa época o Brasil tinha uma enorme insuficiência de hospitais, rede de esgoto, escolas (de ensino fundamental!) e outras “mil” necessidades, mas mesmo assim alguns estádios começaram a serem construídos em estados, destacando-se o então enorme Maracanã, no Rio, e que seria o maior do mundo. Por que no Brasil? A Europa estava dilacerada para promover um evento de tal porte (por causa da Guerra, evidentemente) e daí o Brasil foi escolhido, entre outros motivos, por ser considerado o futuro país do futebol.
Em 1950, além da Copa que aconteceu aqui, o que dava uma ansiedade entre o povo, haveriam eleições em outubro e um dos candidatos seria Getúlio Vargas, que como vocês sabem, tinha presidido o Brasil entre 1930 até 1945. Getúlio tirou o poder do itapetiningano Júlio Prestes de Albuquerque, que iria ser presidente do país. Seriam dias excitantes!
Lógico que os departamentos esportivos das rádios tupiniquins excitaram-se para o evento. Principalmente as do eixo Rio-São Paulo como a carioca Rádio Nacional do Rio de Janeiro e a paulista Bandeirantes. Somente alguns afortunados iriam ver os gols antológicos do atacante Ademir de Menezes centroavante da Seleção Brasileira, como as “performances” do goleiro Barbosa e outros craques, todos escolhidos por jogarem o “fino” do futebol pátrio. Milhões iriam apenas ouvir as transmissões, pois ainda não havia televisão no Brasil (só aconteceria em setembro daquele mesmo ano, primitivamente ainda). Ouvidos a parte, caberia a imaginação dos torcedores quando ouvissem as narrações nos rádios. Diziam alguns que era até emocionante… Será?
Na final no (fatídico) 16 de julho de 1950, num domingo, os locutores só faltavam esgoelar antes do início do jogo, e anteviam a vitória do Brasil frente ao Uruguai, ambos finalistas diretamente de um Maracanã repleto (cerca de 200 mil espectadores, segundo algumas estatísticas). O Brasil perdeu por 2×1 e alguns comentaristas chegaram a soluçar diante dos microfones, como Ary Barroso, da Rádio Nacional (e autor de “Aquarela do Brasil”, uma canção que se tornou um hino).
Em 1954 nova derrota na Suíça, e em 1958, ainda sem televisão (essa só transmitiria em 1970, em plena ditadura militar). Mas em 1958 foi tudo diferente, o Brasil sagrou-se campeão mundial de futebol e os brasileiros vibraram quando ouviram os gols irradiados por Edson Leite, da Rádio Bandeirantes de São Paulo. O zagueiro galã Hideraldo Luís Bellini ergueu a taça “Jules Rimet”. Aconteceu na Suécia, e Estocolmo parecia tão longe que, as vezes, a voz do próprio Edson parecia sumir. Algumas horas depois surgiram musicas alusivas a conquista nas rádios, como aquela que dizia: “A taça do mundo é nossa, com o brasileiro não há quem possa…”.

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