Caso tivesse acontecido da natureza não ter lhe tirado a vida, há alguns anos atrás, o ex vereador Humberto Pellegrini estaria hoje muito aborrecido. E uma das razões seria em função de um projeto seu não ter sido apreciado na Câmara Municipal nos anos de 1960/70. Tratava-se, com todos os detalhes possíveis, de um projeto que proibia terminantemente que qualquer tipo e construção, dentro do centro velho da cidade, fosse de uma altura acima da Torre da Matriz, a hoje nossa Catedral. Assegurava também a preservação dos casarões, prédios e jardinagem da então charmosa Praça da Matriz.
Lá encontrava-se um belo jardim, encanto implementado e carinhosamente conservado pelo saudoso Alfredo Palma. Uma praça agradável e bem cuidada, onde semanalmente as bandas musicais “do Rosário” e “Lira Itapetiningana” se apresentavam aos sábados e domingos no velho coreto, ainda existente até hoje, mas infelizmente quase inutilizado.
Toda área da praça denominada “Duque de Caxias” encontra-se um tanto deteriorada e esquecida. Atualmente serve apenas de passagem para as pessoas que se dirigem ao centro bancário e comercial , ou moradia àqueles esquecidos pela sociedade e em situação de rua.
O belo jardim perdeu suas características e em seu entorno não se vislumbram mais as construções que contavam parte de história de Itapetininga.
A frondosa Torre da Matriz, antes considerada símbolo da cidade, que podia ser observada de qualquer canto de nosso município, hoje, timidamente, está ofuscada por um grande edifício que ocupa o lugar de uma antiga mansão. Outro edifício, de muitos andares , também está sendo construído na praça.
O último Plano Diretor de Itapetininga liberou os edifícios gigantes dentro do centro velho e, nos últimos anos, transformou a paisagem urbana, sem levar em consideração a preservação da memória.
Em tempo: nas Igrejas Católicas da Cidade um abaixo assinado pede a mudança do nome da Praça Duque de Caxias para Praça Monsenhor Mário Donato, muito querido e recentemente falecido.