Caetano Veloso descreveu perfeitamente de forma poética ilustrativa em sua histórica e antológica canção “Alegria Alegria” de 1967 música que junto com Domingo no Parque de Gilberto Gil também em. 67, foi divisora de águas da MPB ( Música Popular Brasileira), o sentimento que ele tinha quando parava em uma banca de jornais do centro de São Paulo para apreciar e ler as notícias, diz na letra: “ Eu vou por entre fotos e nomes os peitos cheio de amores vão…Eu vou, porque não…
Na década de 60 existiam revistas e tabloides excepcionais de qualidade com aprofundamento cultural, comportamental e político de altíssimo nível como: Realidade, Manchete”, Fotos e Fatos, Intervalo, O Cruzeiro, Sétimo Céu, Querida e claro o revolucionário e lendário Pasquim, totalmente inovador e sagaz com suas capas e críticas muito bem humorada dos governos militares, com o devido devido deboche que eles mereciam.
Nosso país sempre teve uma tradição muito forte em relação as revistas e magazines, até o advento da internet e que nos dias atuais infelizmente estão cada vez mais se extinguindo.
No Brasil todo e claro não diferente aqui em Itapê as bancas tiveram que se reinventar, passaram a vender acessórios dos mais variados desde brinquedos a capinhas e carregadores para celulares, refrigerantes, águas e os mais diversos títulos de capitalização.
Me lembro de bancas famosas e tradicionais aqui na nossa cidade, como a Roda Viva do saudoso Toninho, que era no começo da Campos Salles e depois se instalou na praça Peixoto Gomide onde ficou anos , no mesmo local onde ainda há banca, na praça do Fórum.
Quando ainda moleques comprávamos figurinhas para álbuns,( jogávamos bafo com elas) gibis, almanaques e na adolescência com muita lábia com os vendedores conseguíamos comprar as extintas e também saudosas “Playboy”, Ah, aquelas capas, aquelas fotos! com as famosas atrizes, cantoras e modelo , era nosso primeiro contato, as descobertas do “mundo sensual”. se esgotavam rapidamente, musas como Luma de Oliveira, Claudia Raia, Monique Evans, Bruna Lombardi, Cristiane de Oliveira até mesmo a Xuxa entre inúmeras outras nos enchia de alegria e prazer. E muitos com a desculpa que compravam porque tinha boas matérias. Ah tá! Kkkk
Revistas especializadas como a Bizz de música, a Placar de futebol, Quatro Rodas de carro, a Set de cinema e a Capricho que era praticamente “obrigatória” todas as adolescentes comprarem.
Revistas humorísticas completamente de vanguarda como a Mad, Chiclete com Banana, e o Planeta Diário da trupe do Casseta e Planeta eram espetaculares.
As revistas e mesmo os jornais de circulação nacional estão a cada dia, pouco a pouco se extinguindo, não sabemos no que isso vai dar.
Quase não se vê mais em consultórios de médicos e dentistas e salões de beleza, nem” mesmo o fantástico munido” da Caras . Agora somente placas com os dizeres: “Temos Wi-Fi “. E todos aguardando a sua vez hipnotizador nos seus iPhones e androids da vida.
Todas que descrevi e as também as atuais revistas, jornais e tabloides você consegue encontrar na palma da sua mão e dedos através dos smartphones, sem precisar ir se deslocar a uma banca.
Os olhos continuam cheio de cores, até em demasiado excesso! Mas, muito mais opacas confusas e sem a mesma profundidade e sem o mesmo brilho das impressas
Até a próxima!