Fui, sou e serei sempre professor. Não consigo deixar de ser aquilo que fui. Vivo ensinando e sempre aprendendo. Educar é fruto do amor, é adaptar-se, é viver. Os pedagogos ensinam que é adaptar-se ao meio social. Rousseau, por exemplo, baseou o seu método na atividade. Pestalozzi na sociedade e Froebel nos exercícios. Na verdade, todos ensinaram que só com a prática é que se aprende. Deixo as lucubrações e volto para a realidade.
Jesus, o Mestre dos mestres, disse para os seus discípulos e usou uma linguagem acadêmica, quando assim se expressou: “Vós sois o sal da terra”. Na Idade Média, os intelectuais para dar mais charme colocaram a declaração no latim: “Vos estis sal terrae.
Quod si sal evanuerit, in quo salietur? Ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatus foras, et conculcetur ab hominibus.” Traduzo, pois ninguém é obrigado a saber a língua, mãe da língua portuguesa, espanhola, italiana e por aí vai: Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens”. (Mat. 6:13)
Antigamente, nos tempos idos, os discípulos de Jesus viviam os seus ensinos e adaptavam-se aos seus ensinos. Hoje, na modernidade, como todos andam segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência, procuram viver adaptando-se aqui e ali para respeitar aqueles que querem ser diferentes, uma vez que não aceitaram e muito menos aceitam a escolha divina. Ninguém, na verdade, escolhe o país que quer nascer, bem como os pais e o gênero.
O sal que conservava a sociedade da corrupção, não conserva mais, uma vez que se tornou sem sabor. Nas Sagradas Escrituras, os homens debaixo da operação livre de sua má natureza, são representados como corruptos. Antes do dilúvio, os homens comiam, bebiam, casavam-se e davam se em casamento. Viviam para a carne e da carne. O cronista da criação afirma que “a terra estava corrompida diante da face de Deus e encheu-se a terra de violência”. (Gn. 6:11) Nos dias de Paulo, “as mulheres mudaram o uso natural contrário à natureza, assim como os homens e se inflamaram em sua sensualidade, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”. (Rom. 1:25) (Eu respeito as ideias de Paulo e de Moisés).
Onde está o sal? Jesus afirma que o remédio para esta corrupção geral da raça humana é a presença ativa de seus discípulos no meio da sociedade. É o contato direto, como afirmou João Beatty Howell, de suas doutrinas com os homens, pela vida, pelo exemplo daqueles que não somente as professam, mas as praticam e pregam. Onde estão os discípulos de Jesus? Onde está o sal? Onde está a luz?
Há tantas igrejas e a corrupção aumenta cada vez mais. O sal tornou-se insípido e as igrejas não influenciam mais, porém são influenciadas e concordam com tudo, visto que tem medo de perder os membros e é um só blablablá.
Onde estão os discípulos de Jesus?