Quando cheguei a Jerusalém, no dia 08 / 04/ 2014, fui ao monte das Oliveiras e apreciei, com muita emoção, a cidade onde Jesus foi condenado à morte. Vi a esplanada do templo, o cemitério dos judeus, dos muçulmanos, o jardim do Getsemani e lembrei-me do templo de Siló. Onde ficava? Sabia que ficava no território de Efraim, nordeste de Jerusalém. Estendi o braço direito para o sol que nascia e disse para mim mesmo: Se eu viajar nesta direção, daqui a trinta e dois quilômetros, encontrarei as ruínas ou a cidade de Siló.
Foi nessa cidade que Deus atendeu uma oração silenciosa. Há momentos que o silêncio fala mais alto do que as palavras. Foi a oração de Ana que despertou a curiosidade do sacerdote Eli. Estava ajoelhada, creio eu, olhando para o infinito, olhos parados, dorso ereto, cabeça erguida, mas debuxava–se em lágrimas, orando ao Senhor. Moviam-se os lábios, porém não se ouvia o som articulado, uma vez que ela tinha convicção que o seu Criador podia ouvi-la sem que os outros a ouvissem. O seu Deus não era Baal. Ana não tinha filhos e vivia humilhada pela mulher que não era esposa, mas vivia com o seu marido. Ela era estéril e a outra fértil. A esterilidade impedia o seu convívio com o seu marido, pois ele tinha mais prazer em viver cercado pelos filhos de quem não era mais amada por ele. A esposa vivia só, embora fosse amada, mas como o amor fora dividido, embora a sua parte fosse maior, faltavam as partes que convinham por direito dos filhos que não os possuía.
Foi a Siló, onde estava o templo do Senhor, na época dos juízes, e, silenciosamente, disse ao seu Pai eterno: “Senhor dos Exércitos, se benignamente atenderes para a aflição da tua serva e de mim te lembrares, da tua serva te não esqueceres, mas a tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.” Orou no silêncio e no silêncio continuou pedindo até que Eli, incomodado, pensando que ela estivesse embriagada, repreendeu-a: “Até quando estarás tu embriagada? Aparta-te de ti o teu vinho”
Ela, que não se embriagara com vinho, onde há contenda, mas que se enchera do Espírito Santo, e comprazia, conversando com Deus, respondeu: “Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho, e muito menos bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto, tenho falado até agora.”
Eli errara e, para consertar o que dissera, abençoa a mulher, que no silêncio orava: “Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe imploraste.”
Deus, que lê os pensamentos e sem que haja uma palavra sabe tudo, atendeu a oração e, no tempo da vida, deu-lhe um filho que recebeu o nome de Samuel. (I Samuel 1)
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