O título acima é o nome de uma das músicas mais famosas da eterna rainha do rock nacional, dá mais completa tradução da cidade de São Paulo, segundo Caetano Veloso em sua genial música Sampa. Sem sombras de dúvidas é sobre a camaleoa, Rita Lee (73 anos), que está completando 40 anos de carreira solo e recebe uma homenagem do MIS (Museu da Imagem do Som) de São Paulo, que está fazendo encher os olhos de lágrimas emocionadas e corações com encanto, alegria, magia e saudosismo dos seus inúmeros fãs.
Com um riquíssimo material original, selecionado pela própria artista e João Lee, seu filho e curador da exposição, a mostra traz um panorama da carreira e da vida de uma das artistas mais relevantes do Brasil.
Quem visitar o MIS (estou “louco” para ir!) se deparará com centenas de itens originais, entre figurinos, instrumentos e objetos pessoais. Lá estão a bateria que ela ganhou do pai ainda adolescente, o piano que era da sua mãe e as guitarras usadas nos shows. Nos cadernos da artista, é possível ver as criações de grandes sucessos atemporais, como “Cor de rosa choque” e “Doce vampiro”.
Rita Lee está enfrentando um tratamento contra um câncer no Pulmão, em isolamento não pode acompanhar de perto a exposição, mas mesmo a distância fez questão de checar item por item, temática por temática. João Lee selecionou os itens e a cantora e compositora foi dando o seu aval.
A mostra conta com 18 áreas temáticas, com cenografia assinada por Chico Spinosa, um dos mais famosos carnavalescos do Rio de Janeiro e também de São Paulo (Salgueiro, Estácio de Sá, União da Ilha e atualmente na tradicionalíssima Vai Vai do bairro do Bixiga em Sampa) e direção artística de Guilherme Samora.
Sou fã de Rita desde que me conheço por gente, meus pais admiradores da roqueira desde a época dos Mutantes nos anos 60, a melhor a mais revolucionária e icônica banda de rock brasileira de todos os tempos, colocavam na vitrola seus discos que faziam um imenso sucesso na rádio e tv, temas de inúmeras novelas da Globo e vendiam milhões de copias. E estes discos de vinil, embora muitos “furados” de tanto ouvir, ainda estão lá e até hoje os ouço. Assisti a um show dela, o ótimo “Acústico MTV” em 1998 no Recreativo Campestre de Sorocaba e realmente ela é alucinadamente completa.
Nossa roqueira maior ocupa um espaço único dentro do universo da música popular brasileira. De seu repertório faz parte, além do enorme talento, uma grande dose de ecletismo pois, como filha legítima do Tropicalismo, Rita desfila sem pudores pelas mais diversas avenidas musicais, desde rock pauleira até bossas, baladas românticas e latinidade. Suas canções também ficarão e serão executadas para o todo o sempre.
O público pode visitar a história da rainha do rock no MIS até o dia 28 de novembro. Endereço :Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo. Telefone: (11) 2117-4777. Site mis-sp.org.br
Até a próxima !
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