Nos tempos idos e não vividos por mim, isto é, no século II d.C., espalhou-se, no Oriente, o Gnosticismo. Era uma teoria filosófica que se aproximava muito do cristianismo e por isso era muito perigosa. Negava que Deus fosse o Criador do mundo e dos homens. Negava que Cristo tivera uma vida física real. Foi a época que surgiram os primeiros credos, semelhantes ao Credo dos Apóstolos.
Tudo fazia parte da Filosofia. Depois houve as divisões e especializações. Do curandeiro surgiu o Médico e assim tantas outras profissões cujos esposadores se vangloriam do título de Mestre e de Doutor, como os Psicólogos, Matemáticos, Biólogos, Astrônomos e por aí vai.
Eis alguns pensamentos filosóficos extraídos da Teodiceia que faz parte da Metafísica, que é uma divisão da Filosofia: O homem é um ser racional e como tal é constituído de um corpo e de uma alma. O corpo possui os mesmos elementos que há na terra. A alma é um sopro divino e possui a eternidade. O corpo envelhece, embora as células estejam sempre se renovando. A alma não envelhece. Alma e espírito são vocábulos sinônimos.
O fim principal do homem é glorificar a Deus, como afirmaram os teólogos reformados, reunidos na Abadia de Westminster, em Londres, no período de 1643 a 1648. A felicidade é sempre almejada pelo ser humano, no entanto só pode conseguir aquele que vive com e para o Criador, como afirmou o teólogo Agostinho, conhecido como santo Agostinho. Teodiceia e Teologia às vezes se unem.
O Universo é constituído de astros e estes podem ser luminosos e iluminados. Os luminosos são as estrelas e os iluminados são os planetas e os seus satélites. Deus é como o Sol, mas não é o Sol, como acreditavam os índios. Os homens são como os planetas, mas não são planetas. Deus é luz e os homens são astros iluminados. Os homens recebem a luz de Deus e devem refletir a luz divina para os homens que vivem nas trevas. O homem sem Deus não possui luz e os que possuem a luz divina devem brilhar para que as suas obras sejam manifestas.
A morte é a separação da alma do corpo. O homem foi criado para viver eternamente e possui no seu coração a eternidade. As obras humanas são mais duráveis do que o corpo humano, embora o homem sabe que vai morrer, vive como se fosse viver eternamente.
Cada ser humano é diferente do outro, pois possui o selo nas suas mãos que provem do Criador. Ninguém sabe o princípio diferenciador que o Criador usou. O ser humano recebeu o poder de se multiplicar, todavia cada ser é diferente, psicologicamente, do outro.
O homem não conhece a si mesmo e não tem o poder de escolher. Foi o Eterno que escolheu para ele a família e o gênero. Há dois gêneros: masculino e feminino. Não há gênero inferior. Os gêneros se completam e formam uma mesma carne, uma vez que provem da mesma carne.
Há muitos mistérios e a Filosofia não resolve todos e apela para a Teologia, que é a revelação especial de Deus.