Preconceito linguístico

Sempre houve preconceito, tais como: de cor, raça, religião, gênero e outros e outros. Não se ofenda, caro leitor, com o meu linguajar, porém é bom recordar o passado, todavia com os olhos no futuro. No livro, “Lamentações de Jeremias”, numa tradução mais moderna, diz: – “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Sou idoso, mas a minha mente é de jovem e chega, em certos casos, à meninice. Tenho ainda a minha coleção de carrinhos, locomotiva expresso II e outros brinquedos. Fico feliz, quando eu ganho um carrinho para completar a minha coleção que está sempre incompleta. Como é bom brincar com as crianças! Pois bem! Outro dia, maneira de dizer, aliás foi no dia vinte e nove de junho de dois mil e cinco, festa junina, quando estava na ativa, como professor e pastor presbiteriano, ouvi a vice-diretora dizer que menino não faz xixi, mas sim a menina. O fato foi assim: O inspetor, pesando as palavras para não ofender a sensibilidade feminina, demonstrando muito respeito para com a autoridade de ensino, notificando um fato para fins de ocorrência disciplinar, disse: Um aluno fez xixi na sala de aula, diretora. Ela, mais do que depressa, sem medir as palavras ou pesar na balança da prudência, como fizera o inspetor de alunos, retrucou: Xixi, não, ele mijou. Xixi quem faz é menina.
Ouvi o diálogo e sorri, maliciosamente, e pensando, na via natural por onde sai a urina, vi o órgão feminino pelo cérebro e urinando, segundo o quadro do Picasso. Pequei por pensamento, creio eu. De fato, o ser humano peca por palavras, por obras e pensamento. Imediatamente orei: “Ó Deus, tu que és misericordioso, tem piedade de mim e perdoa-me”.
Não sabia se havia diferença entre urinar e fazer xixi. Corri para a biblioteca e fui consultar o Francisco Silveira Bueno, ex-padre. Ele, o Silveira, afirma que xixi em linguagem infantil, significa micção e micção é o ato de urinar, mijar.
Há certas palavras que o povo não gosta de usar e entre elas: mijar. Agora se o homem mija e a mulher faz xixi, não sei qual a diferença, talvez esteja na forma anatômica dos órgãos externos ou, como cada um faz a sua necessidade fisiológica. Desde menino gostei da expressão: necessidade fisiológica. Maneira de dizer no seminário.
É interessante notar que, dependendo da frase, a palavra mijar adquire conotação diferente e quem afirma é Houaiss, o dicionarista, exemplo: mijar-se todo ao enfrentar o adversário. (Revela-se medroso) mijar fora do penico. (É comportar-se de modo inadequado) há outros casos.
Concluindo: Ou fez xixi ou mijou, a verdade é que a classe ficou com um cheiro insuportável. Só o preconceito fede mais.
A Bíblia, que é a Palavra de Deus, adverte: “ Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas”. Respeitemos as ideias, pensamentos dos outros. Não devemos ter preconceito, como afirma Tiago, irmão de Jesus, discorrendo sobre o viver santo.

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