Há encontros casuais ou combinados, entre conhecidos, que por mais tempo que decorra sobre acontecimentos, jamais serão esquecidos. É possível que sucedam dezenas e dezenas de anos, mas há assuntos que permanecem na memória, porque não se trata de saudosismo e sim pelo tema interessante que fica fixado no cérebro do cidadão.
São, portanto, recordações que proporcionam alegria infinda daqueles que a guardaram e inconscientemente produz sensação de completa felicidade.
Mas, pergunta-se, porque essas digressões sem quaisquer motivos aparentes para isso? Ou melhor, quais as recordações neste momento que o cidadão se lembra? Pode-se, então descrever ou relatar com certa satisfação e, porque não dizer melancolia.
Pois a verdade, reside num encontro casual com um velho e querido amigo, na rodoviária paulistana, onde iniciamos um bate papo sobre assuntos variados.
Após lembranças e narrativas sentimentais, observamos uma propaganda onde se encontrava inserida a palavra “São Martinho”, que dizia respeito a uma determinada firma produtora de tecidos, de primeira qualidade, em São Paulo.
Sem demonstrar muito interesse, mas apenas para continuar s “boa conversa”, voltamos a analisar então a famosa indústria têxtil “São Martinho”, que funcionou durante várias décadas na acolhedora cidade de Tatuí, terra de Paulo Setúbal.
Um município, sem dúvida, famoso e com razão pela sua primorosa escola de música, onde estudam e estudaram jovens provenientes de todos os recantos do país e do mundo. Mas também ficou muito conhecida no âmbito esportivo e admirada pela famosa equipe de futebol que possuía no, no final dos anos 1940, o “São Martinho”. Na realidade, isso se deu ao fato de que os diretores da fábrica contrataram os mais renomados craques disponíveis na época para formar um dos melhores esquadrões do país. Um time de gigantes da bola, que alcançou espetaculares vitórias diante de adversários de categoria ímpar do cenário futebolista eixo Rio-São Paulo.
Nesta época colocou em campo: Tirso (o único tatuiense), Bentão e Oswaldo. Santo, Belfare, e Alfredo (Polvo), Pena, Badi, Barriloti, André e Tico, equipe imbatível que proporcionou alegria e fama para a vizinha cidade. Foi campeã várias vezes em torneios oficiais da Federação Paulista, não sofrendo nenhuma derrota.
Em uma ocasião, nesse período, disputou uma partida contra a Associação Atlética de Itapetininga, no campo do 5º BC (hoje, o DERAC), com portões abertos e venceu pela acachapante contagem de 6X0, sendo que nesta partida, Néco, médio esquerdo da Associação, fraturou a perna do atacante André, que havia sido contratado, naquela semana, pelo Guarani de Campinas.
Assim como a fábrica, o time do São Martinho hoje é só recordações