SOBREVIDA COMEMORADA

Não são poucas, nem desacreditadas, as previsões que anunciam o fim dos jornais impressos.
A mídia virtual, noticiando em tempo real, atinge um número cada vez maior de leitores, democratizando o acesso à informação e permitindo a popularizaçãos do direito de manifestação. Sua estrutura é menos onerosa e mais ágil.
Contudo, a mídia impressa resiste, como que sorrindo da anunciada aposentadoria. Tratou de operar mudanças em suas rotinas, e transformar a internet, de concorrente, em colaboradora.
Jornais impressos possuem peculiar encanto, integrando hábitos e culturas que habitam sucessivas gerações. Clicar teclas, até no banheiro, não tem o mesmo sabor e satisfação que folhear páginas.
É sólida a imagem de confiabilidade da imprensa escrita, que documenta informações e responsabilidades. Leitores assíduos chegam a recortar e arquivar notícias e análises.
Jornais impressos documentam e perpetuam a publicidades de atos, providências e escritos com efeitos judiciais, a exemplo de editais os mais diversos. Em tal característica, de perpetuidade da informação, são imbatíveis.
O advento da mídia virtual obrigou os jornais em papel ao trato diferenciado da notícia, agora acompanhada de análises e contextos. Grande parte dos órgãos de imprensa cuidou de estruturar versões virtuais e físicas do mesmo veículo, facultando ou não o acesso irrestrito.
Refletindo a incipiência do hábito da leitura e busca de informações, a tiragem dos grandes veículos de imprensa é pequena, se comparada ao número de leitores potenciais. São universalmente lidas as manchetes dos jornais expostos em bancas, e seletivamente lidos os editoriais e artigos de outros colunistas.
Jornais impressos constituem vítimas preferenciais de regimes autoritários, pela simples e nefasta censura ou pelo dissimulado sufocamento financeiro. Diversos analistas, com plena razão, costumam medir a intensidade da democracia pela sobrevivência e desenvoltura dos jornais, quando pouco ou nada alinhados.
Do jornal no canto da sala ao rádio de pilha, sobre o muro, passando pela TV e computador, a informação e entretenimento habitam os ambientes humanos, informando ou desinformando, construindo ou demolindo culturas. Tentar domesticar, amansar ou censurar conteúdos é o sonho de criança de déspotas e ditadores, pouco habituados à diversidade de opiniões e manifestações.
Mídias mal intencionadas e tendenciosas são combatidas e responsabilizadas por vias judiciais, e tendem ao descrédito, na exata medida da formação cultural do público alvo. São, quase sempre, financiadas pelos que tiram proveitos políticos, sociais e econômicos do desvirtuamento.
É salutar a sobrevivência da mídia impressa, que ocupa espaço não suprido pelas novas modalidades de informação. Jornais em papel, que atravessam sufocos e penúrias, cumprem missão de utilidade pública, até quando, vez ou outra, desinformam.

Últimas

CORREIO POLÍTICO 997

CORREIO POLÍTICO 997

Exército Após o final do prazo para a filiação de possíveis candidatos, continua a corrida atrás de partidos políticos. Um número maior de partidos traz mais candidatos a vereador e...

Itapetininga tem quase 300 casos de dengue confirmados

Cidade registra 450 casos de Dengue em uma semana

Itapetininga registrou 450 novos casos de Dengue em uma semana. Ao todo, a cidade confirmou neste ano 1.531 casos positivos da doença. Um único caso de Chikungunya foi identificado em...

Queimadas aumentam em mais de 30% em 2024

Queimadas aumentam em mais de 30% em 2024

Em Itapetininga, nos primeiros quatro meses do ano, houve um aumento de 30% nos registros de queimadas em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os...

mais lidas

Assine o Jornal e tenha acesso ilimitado

a todo conteúdo e edições do jornal mais querido de Itapetininga

Bem vindo de volta!

Faça login na sua conta abaixo


Criar nova conta!

Preencha os formulários abaixo para se cadastrar

Redefinir senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.