Se o candidato Javier Milei vencer as eleições no segundo turno (19/11) na Argentina, o Brasil voltará a ter uma série de problemas. Assim que Bolsonaro foi eleito em 2018, várias ameaças foram feitas a Argentina e seu presidente ligado ao peronismo e seu meio de esquerda. Praticamente ambos os presidentes não se falam durante quatro anos, criando um mal-estar nas diplomacias dos dois países (embora o comércio entre estes não fosse afetado).
Lembram-se? Jair Bolsonaro, no início do seu governo queria romper até com a China (país comunista, dizia ele), que ultimamente é o nosso maior parceiro econômico. Felizmente foram somente ameaças. Mas agora uma nova ameaça de proporções ainda desconhecidas, mas ameaças, ocorrerá se Javier Miler for eleito.
O candidato segue uma tendência da ultra direita, colocando que o mercado é que deve controlar todas as áreas da nação, como a economia, a saúde, a educação, segurança pública, entre outras. Para o pretendente ao executivo argentino, tudo deverá ser privatizado e o Estado apenas controlará tais ações privatistas. Tudo o que for estatal é tido como atrasado, antigo, causador de uma possível decadência econômica no país.
Milei (se ganhar) pretende dar uma outra forma econômica da Argentina, e como exemplo influenciar outros países da América Latina (ou do Sul, pelo menos).
Para Javier Miler, o presidente do Brasil, Lula, é “coisa ruim”, presa fácil do socialismo internacional. Miler, no 1° turno teve 30% das intenções de voto do eleitorado, e Massa, o vencedor (pelo menos no 1° turno) teve 36% dos votos. O problema é que a candidata Bullrich (terceira colocada) obteve 26%, por aí, de votos. Também da direita (mas não radical como Milei), já declarou seu apoio a este último no segundo turno.
Daí que Massa ficou desamparado nesta história. Massa, por sinal, embora esteja trabalhando para o atual governo argentino, não o representa oficialmente. Ele, Massa (candidato da preferência do atual governo brasileiro) segue a linha peronista esquerdista (há vários “perons” ideológicos).
Para quem não se lembra, foi no primeiro governo de Juan Domingo Perón, presidente durante muito tempo de nossos “Hermanos”, que a Argentina chegou a ser uma das nações mais progressistas do mundo ocidental (no pós-segunda guerra mundial). Mas que não durou muito. Mesmo assim continua sendo um país que lembra muito a Europa. Como se fosse uma Madrid, por exemplo. Apesar da desordem econômica que vive. Daí a ascensão de Miler.
Se este vencer, será que irá dar certo sua pretendida privação? Não deixa de ser uma temeridade. Em muitos setores, a privatização não entra, como na saúde dos pobres. Qual quer que seja o resultado, anuncia-se uma grande polarização política no país vizinho.
Se fato é foto…
Os Itapetininganos Marcos Terra (produtor cultural) Fuad Abrão (empresário) Mauricio Hermann (jornalista) e Bob Vieira (músico). Os 4 que já atuaram como Secretário na Secretaria Cultura e Turismo da Prefeitura Itapetininga se reencontraram na “3ª Conferência Municipal de Cultura” que aconteceu no dia 27 de outubro no anfiteatro da centenária escola estadual Peixoto Gomide. Foto – Arquivo Pessoal