Uma tristeza. Fotos, vídeos, filmes, mostram neste Natal de 2023, a desolação que ocorre nas igrejas: da Ressurreição (Santo Sepulcro) em Jerusalém, Israel e a da Natividade, em Belém, Cisjordânia, Palestina. Poucos presentes nas duas, o que antes eram superlotadas. Na antevéspera (23/12) e véspera (24/12) de Natal, o mundo estava focalizado nas duas, juntamente com o Vaticano, em Roma. Perda da fé? Não absolutamente, mas de medo natural do ser humano de eventuais bombas que poderiam cair, não justamente nelas, mas próximas.
A tragédia secular dos dois povos, o palestino e o judeu, chegou ao máximo neste final de 2023 e é quase impossível prever se haverá luz no “fim do túnel”. Desde o final da Segunda Grande Guerra Mundial em 1945, quando em 1948, as Nações Unidas, sediada em New York, Estados Unidos, promulgou um decreto (lido, aliás pelo brasileiro Oswaldo Aranha) exigindo que os judeus (que não emigraram para outros países) fossem povoar a região da Palestina, já habitada há séculos palestinos.
A nação palestina via os judeus como invasores (não foi bem assim) e a rivalidade começou. O início foi com guerrilhas (de ambos os lados) e a nação judaica foi empurrando os primeiros habitantes para uma região bem menor, ocupada por milhões de palestinos (que se recusaram a viver no novo Estado de Israel). A cidade santa de Jerusalém, antes dividida territorialmente pelos judeus e palestinos, foi ficando somente com os primeiros.
Não esquecemos que Israel sempre foi apoiado pelos Estados Unidos, principalmente nos armamentos. Daí chega outubro do corrente ano e instala-se a barbárie praticada pelo Hamas, grupo guerrilheiro logicamente contrário a Israel, que invadiram os “kibutzim” e assassinaram 1.500 judeus entre homens, mulheres e crianças. O revide foi rápido. Israel prometeu banir o Hamas “do mapa”. Somente é que não é fácil distingui-lo do palestino civil.
E caíram bombas sobre a população civil. Até o Natal, segundo fontes, 20.000 palestinos morreram (inclusive 5.000 crianças). De novo a barbárie. Até quando? No último 23, a TV Cultura (São Paulo) apresentou um programa natalino com três jovens tenores italianos cantando músicas da data (lindo! “Ave Maria”, de Gounod) diretamente de Jerusalém, toda iluminada.
Qual seria a data da gravação? 2022, 2021, 2019? Deste ano não foi, certamente, devido aos horrores da guerra. Não haveria o clima natalino.
Se fato é foto…
O casal itapetiningano Carlos Henrique (promotor de justiça) e Sandra Bandeira (dentista) conhecendo as belezas e encantos da cidade de Helsinki, capital da Finlândia na Europa neste mês de dezembro. Foto – Arquivo Pessoal