Uma eleição inusitada

No começo da noite desta último trinta, anunciada a vitória de Luís Inácio Lula da Silva como o novo presidente da república brasileira, ele próprio depois de saudado por correligionários próximos, começou a ler uma carta aberta a nação cujo texto tentava “quebrar” o momento de ódio que imperava já alguns meses da eleição e restabelecer um programa de paz entre os brasileiros. “Sou um presidente de todos os brasileiros”, disse ele (queira ou não os antagonistas). Alguns dos senadores políticos estranharam a rapidez de como foi feito isto. Logo depois os presidentes da Câmara Federal e do Senado Federal também foram rápidos em reconhecer a vitória do petista.
E logo logo começaram a chegar congratulações de presidentes como Joe Biden (Estados Unidos da América), Emmanuel Macron (da França), Alberto Fernándes (da Argentina), entre tantos, tudo muito rápido. E havia um motivo para isso? Parecia que sim. “Haveria no ar” um clima de inconformismo caso o adversário Jair Messias Bolsonaro vencesse. Ou seja, ele poderia não gostar do resultado negativo. Daí começaram as manifestações dos petistas e simpatizantes. Em alguns mais (como Salvador na Bahia), Recife (Pernambuco) e cidades do Estado de São Paulo (como Jundiai, Sorocaba e Itapetininga). Mas a festança foi grande em quase todo o país, tendo como epicentro a cidade de São Paulo. Até a meia-noite (ou bem mais) a volumosa Avenida Paulista recebeu milhares (ou milhões) que não paravam de gritar um só momento. Um membro do partido vencedor relembrou: “Se, no dia 7 de setembro de 2021 colocou milhões de adeptos colocou milhões nesta Avenida, agora somos nós”.
A vitória de Luís Inácio não foi fácil. Passo a passo, número por número, “pau a pau” como se dizia antigamente. Afinal, num país de 214 milhões de habitantes ou mais (é lógico que nem todos são eleitores) mas mesmo assim Lula venceu com 2 milhões de votos a mais, é bem difícil. Mostrou um país dividido politicamente. Não! O governo Lula em 2023 não vai ter um governo como gostaria.
Não se pensava, há um ano ou dois que acontecesse uma eleição tão disputada. No segundo turno houve uma maior votação do que o próprio primeiro (turno). Idosos (mulheres e homens), com dificuldade de locomoção (e outras sequelas), jovens (dezesseis, dezessete anos) esqueceram um pouco seus celulares e foram para as urnas. Foi um ato cívico em todo o país.
Lula antevendo que o pleito seria dificílimo tentou (e conseguiu) em parte formar uma “frente ampla” de muitos partidos. Acharam até que o “barbudo” estava exagerando. Não, não estava. Suas negociações políticas fizeram efeito.
Lula conseguiu adeptos de nomes celebres da cultura brasileira, como: Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, Fernando Henrique Cardoso (da USP), Francisco Buarque de Holanda (cantor e compositor) e Caetano Veloso (um homem maduro).
E que Luís Inácio Lula da Silva construa mais escolas técnicas, faculdades e universidades, construções inexistentes no governo Bolsonaro. E continuem votando sempre, não deixem que outros escolham para você qualquer que seja o candidato.

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