Já dizia alguém – com muita sabedoria – que o passado não morre e nunca passa. Ele vive dentro da gente, em geral de forma furtiva, silenciosa e dissimulada. Vivemos e gozamos o moderno, mas temos dentro de nós o passado pré-tecnológico.
Refletindo sobre este salutar pensamento, focamos agora o futebol, ou melhor, tratar do passado quando a grandiosa e estimulada Portuguesa teve um fantástico desfile de craques. Félix, Djalma Santos, Ditão, Marinho Pérez e Noronha; Zé Roberto, Leivinha e Dener; Julinho Botelho, Enéias e Ivanir. Todos esses, para quem não sabe, são apenas 11 dos grandes jogadores que já vestiram a gloriosa camisa da festejada lusa.
Eram bons tempos, em que a Portuguesa virava e mexia e fazia campanhas excepcionais. Épocas bem diferentes dos dias conturbados atuais, de extrema necessidade financeira e técnica, e falta de apoio que devem levar o clube a ser esquecido do futebol paulista e brasileiro.
Infelizmente hoje, nem mesmo os torcedores, aliás, quase chegando a raiz do fanatismo, que ainda resistem em abandonar a Portuguesa, não sabem o nome de todos os atletas do elenco. Triste para um clube daquela grandeza e popularidade que já teve craques consagrados do nível atacante Pinga (que jogou contra clubes de Itapetininga, nos anos de 1950 pelo Juventus), foi o maior artilheiro da história da Lusa com 190 gols, de Servílio, Rodrigo Fabri, Zé Maria (super Zé), Basilio, Jair da Costa, Ricardo Oliveira, Brandãozinho e alguns recentes craques que passaram pelo Canindé.
Mesmo em seus tempos faustosos, áureos e deslumbrantes, a Portuguesa, infelizmente, não foi de ganhar muitos títulos. Faturou apenas duas vezes o Rio – São Paulo (1952 e 1955), e de seus três títulos, dois de 1935 e 1936 foram pelo Campeonato da Associação Paulista de Esportes Atléticos de Futebol (Apea) numa época em que times como Santos, Palestra Itália e Corinthians jogaram pela Liga Paulista de Futebol (LPF). E o de 1973 foi dividido com o Santos, cuja decisão até hoje é questionada, comentando-se que o juiz favoreceu sensivelmente a equipe santista.
Eram, de qualquer modo, dias melhores do que os atuais. Afinal, hoje se a Portuguesa escapar dos rebaixamentos, já será um grande feito e de muita satisfação. A Portuguesa que contava com diversos torcedores em Itapetininga (grande parte da colônia residente nesta localidade), era considerada pelos amantes do futebol como “o segundo esquadrão preferido depois do clube por quem torcem”.
Itapetininga teve a honra de recepcionar a Portuguesa em quatro de novembro de 1969, oportunidade em que o DERAC (presidido pelo engenheiro Walter T. Curi e também prefeito) inaugurou seus refletores no estádio “Péricles D’ Ávila Mendes”. O DERAC venceu pela contagem de 3×2, em porfia emocionante, com a presença de grande público, incluindo caravanas de diversas cidades da região e irradiada pelos
narradores Luiz de Campos, Carlos José de Oliveira e também pela poderosa Rádio Tupi de S. Paulo, cuja descrição no micrifone foi de Walter Abrão e comentários de Mário Moraes. Paulinho Gomes (Paulo Bruxa – atacante do DERAC), hoje completando oitenta primaveras, (um dos destaques do jogo) em sua trajetória como atleta passou por alguns grandes clubes de S. Paulo, incluindo a gigantesca Portuguesa de Esportes.
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